quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Tibetan meditation

Tibetan Buddhist Meditation Music Relaxation

Namasté, the Perfect Music

Namaste

Músicas para Tratamentos Espirituais (Sociedade Espírita Ramatis) - 1

Imee Ooi - Om Mani Padme Hum (Beautiful Chanting)

OM MANI PADME HUM - Um novo chamado

CONHEÇA O BUDISMO

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Chico Museu Budista

O Buda

Neste texto procurarei falar um pouco da vida deste mistico e emblemático homem, e de sua filosofia de moral, de vida e fé. Buda não é um nome próprio, mas sim uma designação, que significa "Desperto", "Iluminado", "Esclarecido", assim como a palavra Cristo, significa "Messias" em grego, logo Jesus Cristo, seria "Jesus, o Messias".


Para nós do Ocidente, Jesus Cristo é a figura religiosa mais conhecida e fonte de muitos debates acerca de sua vida e feitos, no caso do Oriente, Buda assume essa posição, e quanto a Maomé, este fica mais relegado ao mundo islâmico. Todavia, tanto Jesus como Buda foram homens de preceitos divinos e que tiveram suas vidas marcadas pela fé e pelo misticismo, enquanto Jesus nasceu de uma virgem, no caso Maria, após Deus determinar que ela seria mãe de seu filho, aviso dado pelo anjo Gabriel, o nascimento do futuro Buda também segue preceitos semelhantes. Não se sabe ao certo a época em que Buda vivera, sabe-se que ele viveu 80 anos, e costuma-se dizer que ele tenha vivido entre os séculos VI e V a.C, algo que o próprio Jesus também compartilha, já que os historiadores ainda hoje questionam a data de seu nascimento, apontando que ele tenha vivido seus 33 anos entre o período de 8 a.C a 34 d.C.


Todavia, partamos para conhecer um pouco da vida de Sidharta Gautama o futuro Buda. Antes de nascer, diz a tradição budista que o Bodhisatva, titulo dado para aquele que virá a ser o Buda, determinou sua próxima reencarnação. Do céu em reunião com os deuses, o espírito que viria a ser Buda, determinou o local, a época e a família onde iria nascer, então ele decidiu encarnar como o filho do rei Sudohodana, da Dinastia dos Shakya e da rainha Maya. Sudohodana era rei de Kapilavastu, cidade localizada hoje no sul do Nepal.

A rainha Maya, numa noite tivera um estranho sonho, ela sonhou com um elefante branco com seis presas e a cabeça da cor de rubi, que entrara em seu flanco direito. Ao despertar do sonho, a rainha sente um bem-estar e muita felicidade. Posteriormente, ele descobre que estava grávida e meses depois, enquanto caminhava pelo Jardim de Lumbini (hoje no atual Nepal), como aponta algumas tradições, como tendo sido o local onde Sidharta nasceu, lá a rainha deu a luz a criança a qual mesmo recém nascida já sabia andar e falar, então de acordo com algumas tradições a pequena criança teria dito que: 

Jardim de Lumbini, local onde Sidharta Gautama teria nascido

"Sou o primeiro e o melhor, este é o meu último nascimento e venho dar fim à dor, à doença e à morte. Duas nuvens vertem água fria e quente para banhar a mãe e filho; os cegos enxergam, os surdos ouvem, os aleijados caminham, os instrumentos musicais tocam sozinhos; os deuses do quarto céu se regoziam, cantam e dançam; os condenados do inferno esquecem de sua dor". (BORGES, 1977, p. 10).
Pintura do nascimento de Gautama
No mesmo dia, nasceram a futura esposa de Sidharta, Yasodhara, seu cocheiro, seu cavalo, seu elefante e a árvore na qual ele viria a se tornar o Buda, após meditar sob esta. Sua mãe veio falecer sete dias depois. Enquanto isso, um vidente, chamado Asita, desceu de seu reduto nas montanhas e fora ver o filho do rei, Asita havia previsto o nascimento do Bodhisatva, então ele veio examinar o jovem principe, procurando pelos sinais que lhe indicariam que aquela criança era a predestinada a se tornar o Buda.


"Um vidente, Asita [...]. Comprova nele as marcas do eleito: uma espécie de alta coroa orgânica na metade do crânio, pestanas de boi, quarenta dentes muito unidos e brancos, queixada de leão, altura igual à extensão dos braços abertos, cor dourada, membranas interdigitais e centenas de formas desenhadas nas planatas dos pés, entre as quais figuram o tigre, o elefante, a flor de lótus, a montanha piramidal Meru, a roda e a suástica". (BORGES, 1977, 10-11).


Asita fica ao mesmo tempo maravilhado e triste por aquela descorbeta. Pelo fato de ele ser velho, logo morreria, e não poderia viver para aprender os ensinamentos de Buda. De qualquer forma, Asita e outros sacerdotes dizem para o rei, que o sei filho será um grande rei ou o redentor do mundo, Sudohodana fica maravilhado com tais noticias, contudo ele prefere que o filho venha a se tornar um grande rei, assim ele ordena que três grandes palácios sejam construídos para o filho.


Sidharta cresce com as mordomias e o luxo da vida de um principe, ele também é educado por vários mestres, nas artes, na luta, na filosofia, história e outros conhecimentos, ao completar dezenove anos ele se casa com Yasodhara, de acordo com a tradição da época, era comum haver desafios pela mão de uma noiva, assim o pai de Yasodhara testou o futuro genro, diz que no desafio de arco e flecha, Siddhartha atirou mais longe que todos os outros pretedentes, e no local que sua flecha caiu, brotou uma fonte.

Sidharta Gautama
Sidharta ainda continuou a viver sua vida farta, cheia de regalias, e dos prazeres mudanos por mais dez anos, mas quando este completou 29 anos, num dia, cansado de ficar preso no palácio, decidiu chamar seu cocheiro de confiança e visitar a cidade, ele queria ver a vida lá fora. Então ele acabou se chocando com a realidade nua e crua da vida. Ao chegar na cidade, ele vê um homem moribundo, de cabelos brancos, raquético e que se apoiava num bastão, o principe pergunta para o cocheiro quem era aquele homem, o cocheiro lhe responde dizendo que aquele era um velho, que todos os homens e mulheres ficariam velhos um dia. Em outra rua ele se depara com um leproso, e o cocheiro lhe diz que nenhum homem esta livre de adoecer. Em outra rua, o principe se depara com um morto sendo carregado por outros, e o cocheiro diz que tudo que nasce, morrerá um dia. Prestes a deixar a cidade, já alarmado com o que vira, ele avista um monge que pedia esmolas, então decide voltar para o palácio.


Naquela noite ao retornar para o palácio, Sidarhta se sente mal ao ver que tantas pessoas passavam por necessidades, enquanto ele desfrutava das riquezas em seu palácio de ilusões. Ao retornar, ele é avisado que sua esposa dera luz ao seu filho, ele parte para ver-los, ao chegar no quarto, ele vê os dois dormindo, a mãe tinha a mão sobre a cabeça do filho o qual dormia tranquilamente, Sidharta queria tocar o filho, mas se sente incapaz de acordar tamanha beleza, paz e amor que testemunhava, então ele decide partir, e retornar quando já fosse Buda. 

Com a ajuda de seu fiel cocheiro Chana. Ambos deixam o palácio e partem para o Oriente, ao se distanciar na floresta, ele entrega seus pertences, o cavalo e suas vestes para o servo, ele também corta os cabelos, então manda o servo ir embora, nessa hora aparece um asceta o qual fora enviado pelos deuses. O asceta lhe entrega as três peças do traje amarelo, o cinto, a navalha, a tigela para esmolas, a agulha e a peneira para filtrar a água. O monge lhe diz que Sidharta deverá pedir esmola para sobreviver, nunca ofender aqueles que recusarem em ajudá-lo, pedir apenas o suficiente para se sustentar, e nem enganar os outros, se valendo de quem for generoso.


Assim, o príncipe passa sete dias em profunda solidão vagando pela floresta, até que decide procurar os ascetas que vivem na floresta, lá ele conhece a rotina de orações, jejuns e abstinências feitas pelos monges, contudo estes lhe dizem que os sábios mestres vivem nas montanhas, e que eles poderiam ajudar Sidharta a encontrar as respostas para suas perguntas, Sidarhta passa os seis anos seguintes, treinando e aprendendo com os mestres, praticando orações, jejuns e a mortificação e outras atividades próprias dos monges. Contudo após estes seis anos, o monge concluiu que ainda não havia aprendido o que deveria aprender para se tornar o Buda. Para que isso vie-se acontecer ele teria que alcançar o Bodhi, a verdade. Então ele deixa as montanhas e segue viagem novamente. Num dia, ele avista uma árvore e decide que será naquele local que meditará até alcançar o bodhi, ele só sairia dali quando se tornasse Buda. Contudo o monge teria um último grande desafio a enfrentar, o deus do amor, do pecado e da morte, Mara, queria impedir que Sidharta se torna-se o Buda.


Mara num dia anterior sonhou que era derrotado pelo monge, que nem mesmo o seu grandioso exército com milhares de feras, gigantes e demônios foram capazes de derrotar um simples homem, contudo ele não desistiu mesmo assim, e na noite seguinte atacou o monge. Ele leva consigo, seu exército de temíveis guerreiros, feras, gigantes e demônios; flechas flamejantes são atiradas contra o monge que meditava sob a árvore, porém ao chegarem próximo a ele, as flechas se transformavam em flores; o deus tentou que o medo fizesse Sidharta desistir de sua busca, então enviou suas temíveis criaturas para tentar espantá-lo, mas o monge não se retirou; depois o deus conjurou uma enorme mesa, farta em comida, tentando a rendição ao quebrar o jejum de Sidharta, mas isso também não adiantou, por fim Mara enviou suas filhas que tentam seduzir o monge, com música, cantoria e danças, porém Sidharta olha para elas e lhe aponta o dedo, dizendo que não passavam de ilusões, então as belas mulheres se revelam como velhas decrepitas. O exército de Mara entra em confusão e foge, o próprio deus acaba desistindo e parte.

"Só e imóvel sob a árvore, Sidharta vê suas infinitas encarnações anteriores e as de todas as criaturas; abarca com um golpe de vista os inumeráveis mundos do univeros; depois, a concatenação de todas as causas e efeitos. Intui ao amanhecer as quatro verdades sagradas. Já não é o príncipe Sidharta, é o Buda". (BORGES, 1977, p. 14).

Aos 36 anos Gautama alcançou a iluminação, tornando-se o Buda


"Sete dias mais permaneceu Buda sob a árvore sagrada. Os deuses o alimentam, o vestem, queimam incenso, cobrem-no de flores e o adoram. Chove, e um rei das serpentes, um naga, se enrosca sete vezes em torno do corpo do Buda e forma um teto com suas sete cabeças". (BORGES, 1977, p. 15).  

Os nagas eram serpentes mitológicas que viviam sob a terra, porém nem todos era maus. No oitavo dia, o naga se transformou num brâmane (casta dos sacerdotes) e disse que protegeu Buda do frio e da chuva, Buda agradece ao brâmane e depois este se converte ao Budismo. Depois do sacerdote, um deus e outras divindades também se convertem ao budismo, então o próprio Criador do Universo, Brahma desce dos céus com seu cortejo e diz para Buda que era chegada a hora de iniciar sua pregação para salvar os homens. 

Buda passará os próximos 44 anos viajando pela Índia em pregação. Sobre isso não relatarei devido a extensão dos fatos que envolvem seus vários anos de pregação, contudo citarei mais três fato importantes. Primeiro, ao retornar para Kapilavastu, Buda reencontra o seu pai, sua esposa e seu filho Rahula, sua família e a corte se convertem ao budismo, mas será neste momento que Buda encontraria um traidor. 

Como na história de Jesus Cristo, onde Judas Escariote traiu Jesus e os apóstolos, Buda também fora traído. O seu primo e discípulo Devadata, cobiçava o posto do Buda, este possuia muita inveja do primo, então pactuou com o príncipe Magadha para assassinar o Buda. O principe enviou 16 arqueiros para matá-lo, mas quando estes se deparam com ele, sua virtude, sua paz, sua alegria e seu amor, fizera os homens desistirem de matá-lo. Devadata não desistiu, então enviou um elefante ou vários elefantes furiosos para atacá-lo, porém os animais acabaram se ajoelhando diante de Buda, então Devadata acaba sendo tragado por uma fenda e cai no inferno onde é punido por seus pecados. Buda diz que a inimizade de Devadata advêm de vidas passadas, quando Buda o ajudou, porém ele fora ingrato com esta ajuda, e nunca a perdoou.


Com seus oitenta anos, o deus Mara retornou para persuadir mais uma vez o Buda de desistir de sua pregação, ele diz que o Buda já conseguira muitos discipulos, e conseguiu transmitir seus ensinamentos. Buda em sua gentileza e tranquilidade, diz para que Mara não se preocupe, em três meses ele morreria. Mara e outras divindades ficaram alarmados com o que ouviram, já que de acordo com algumas lendas, Buda poderia viver milhares de anos, na verdade ele seria quase imortal. Porém Buda, decide antecipar sua morte, concebendo o fato de que estava na hora de ele partir, a final, como o seu cocheiro havia lhe dito, muitos anos antes "tudo que nasce, morrerá um dia". Então ele decide que sua missão estava completa, ele ensinou o que tinha que ensinar, e era hora de partir, para se libertar da samsara (o ciclo das reencarnações). Quando se alcança-se tal estado, passaria-se a viver nos céus, sem a necessidade de reencarnar na Terra novamente. 

Três meses se passaram, Buda, deixara que o peso da velhice lhe acomete-se, então quando estava em visita a cidade de Kusinara, dizem as versões antigas, que o filho de um ferreiro lhe ofereceu um pedaço de porco salgado ou uma trufa, Buda comeu, e começou a se sentir mal, ele já sabia que isso ocorreria, então ele reuniu seu discipulos que estavam por ali, e disse-lhe que logo morreria, todos ficaram alarmados, contudo Buda explicou seus motivos, e depois deixou suas últimas mensagens e ensinamentos. Ele se encontrava sentado debaixo de duas árvores, ao entardecer. Antes de morrer, Buda disse que futuras discóridas surgirão, e os homens deverão enfrentá-las através da fé. Então ele se deita sobre o lado direito, enquanto sua cabeça fica voltada para o norte e ele contempla o poente, no cair da noite, Buda já estava morto, as árvores floresceram naquele momento, o espirito iluminado havia deixado este corpo e este mundo.


"O cadáver é queimado nas portas da cidade, enquanto se celebram ritos solenes dignos de um grande rei, rei que Sidharta não quis ser. [...]. Os restos são divididos em três partes: uma para os deuses, que aguardam em túmulos celestiais; outra para os nagas, que aguardam em túmulos subterrâneos; outras para oito reis, que edificam na terra oito monumentos, aos quais acorrerão gerações de peregrinos.

Contexto histórico


Não existe um consenso sobre a data de nascimento e falecimento de Buda, costuma-se dizer que ele nasceu em 563 a.C e morreu em 483 a.C, contudo alguns historiadores apontam essa data para mais, recuando até o século VII a.C. Contudo, o período em que Buda viveu fora um período marcado por grandes acontecimentos e por filósofos. Nessa época, viveram na China o famoso filósofo Confúcio (551-479 a.C) e possivelmente o lendário filósofo Lao Tsé (ainda há divergências sobre a veracidade da existência deste homem); na Grécia Antiga, destacam-se alguns filósofos como Pitágoras, Héraclito, Pârmenides, Tales de Mileto, etc, filósofos pré-socráticos.

Na época que Buda morreu, Roma já era uma República, o Egito era governado pela XXVII Dinastia, após ser conquistado pelos persas; Dario, o Grande governava o vasto Império Persa; O Império Japonês, havia sido criado há poucas décadas, enfim, muitos outros fatos históricos marcam o periodo que Buda nasceu, todavia para vocês que acabaram de ler a respeito da origem e da vida deste homem, devem estar pensando que isso não passa de uma mentira, pura fantasia, mas o fato é que devemos antes de julgar, conhecer as acusações.


Na época antiga, a história e o mito não estavam tão separados assim, como nos dias de hoje. Na verdade tal questão perdurou além da Idade Antiga, outro fato, é que era comum enaltecer a realidade, algo que até hoje costuma-se fazer com determinados idolos, sendo assim, glorificar ainda mais os feitos e a vida de um homem era algo comum, lembre-se que muitos reis e politicos antigos fizeram isso, Carlos Magno (747-814), fundador do Sacro Império Romano-Germânico, fora homenageado com lendas sobre seus feitos; o sacro-imperador Frederico Barbarossa (1122-1190), recontou a sua origem com uma história bem semelhante a de Móises. Alexandre, o Grande, dizia-se ser filho de Zeus; Júlio César, dizia que era descedente do herói troiano Enéias.


"A verdade, por escandalosa que seja, é que os hindus importam mais as idéias do que as datas e os nomes próprios". (BORGES, 1977, p. 25).


Não obstante, deve ficar claro ao leitor que muitas das lendas e histórias sobre a vidade de Buda e seus ensinamentos foram ganhandos distintas versões ao longo dos séculos e pelos locais que passava, o budismo começa a crescer e se espalhar de fato, já no primeiro século da era cristã, cerca de quinhentos anos após a morte de Buda, assim houve muita distorção da história dele, algo comum com outras personages históricas mais antigas.


O Budismo


Irei falar aqui um pouco da filosofia budista, focando alguns dos seus preceitos principais, e depois falarei um pouco das suas várias vertentes.



O budismo nasceu em uma região já profundamente influenciada pelo hinduísmo, religião ainda hoje predominante na Índia, uma religião politeista, além de uma gama de sincretismos e credos menores que se espalhavam pelas distintas regiões indianas da época, sendo assim, alguns dos ensinamentos e preceitos pregados por Buda, foram extraídos destas crenças e moldados por ele, alguns destes principios são a transmigração, a reencarnação, karma, nirvana, samsara, inferno, céu etc. Pelo fato de cada um desses preceitos terem fatos incomuns, preferi relatá-los em apenas um texto.

A transmigração, diz respeito a condição da alma reencarnar em um corpo distinto, algo que não apenas o budistas, hinduístas compartilham, mas também os janesístas, além de outras religiões e filosofias, já que alguns filósofos gregos como Platão, Epicuro, Hermotino e Empêdocles falaram acerca desta condição. A transmigração esta diretamente ligada ao karma e logo a reencarnação. A palavra karma significa "ato" ou "ação", ele representa a condição que carregamos de nossas vidas passadas, cada crime que cometemos, gera um karma, que se não for corrigido ou pagado, lhe causará problemas na vida seguinte, e assim sucessivamente enquanto o espirito estiver preso na samsara (Roda da Lei). A reecarnação é um meio no qual procura-se expiar os karmas de vidas passadas, a fim de se livrar da samsara, a qual é o ciclo de reencarnações. Quando um espirito consegue expiar todos os seus karmas, ele esta apto a alcançar o nirvana, logo estará livre da samsara e da necessidade de reencarnar para poder realizar sua expiação.

"Para o budista, os conceitos de transmigração e de karma são inseparáveis e há quem os considere como as duas faces de uma mesma moeda". (BORGES, 1977, p. 50.


Necessariamente o karma não é sempre ruim, existe o chamado "karma bom", o qual lhe segue nas vidas seguintes, isso se mostra em pessoas que se revelam pacificas, benevolentes e bondosas, mas enquanto o karma ruim permanecer, o espirito será obrigado a expiar o peso de sua culpa através de boa ações ou de sofrimentos, neste ponto entra a questão da transmigração. Se uma pessoa fora muito má em uma vida, como punição ela pode reencarnar como um animal, como um asura (um tipo de demônio), um preta (espirito enfermo) ou se tornar um ser infernal, onde a alma é banida para os infernos para pagar por seus pecados. Todavia, para o "karma bom" há a possibilidade de transmigra-se para o corpo de um deva, um tipo de divindade.

Sobre o karma o historiador austríaco Paul Dessen tivera uma experiência interessante. Em visita a cidade indiana de Jalapur, Dessen realizou suas pesquisas sobre o budismo, quando decidiu interrogar um homem cego que encontrara na rua, ele perguntou para o homem por que ele havia ficado cego, o homem lhe respondeu "Em uma vida passada, cometi algum crime".


Buda dizia que o karma era algo impessoal e único, cada um tem o seu, algo que se assemelha a metáfora da cruz, que carregamos, e que esta cruz não pode ser passada para outro. Assim, tanto os budistas como os hinduístas, afirmam que você pode ajudar o próximo, mas já mais tomar o fardo do outro, é necessário que cada um aprenda por conta própria.


Mas, se até aqui compreendemos que o karma advêm de nossos crimes e pecados, que devemos reencarnar com sequelas ou não a fim de curar nossas almas na próxima vida, qual caminho ou quais caminhos devem ser seguidos? Para isso, Buda criou a Nobre Senda Óctupla, a qual conduz as Quatro Nobres Verdades, se tais verdades forem alcançadas, você alcançará o estado do nirvana.



"Todas as misérias e descontentamentos da vida, ele [Buda] os filia ao egoísmo insaciável. O sofrimento, ensina ele, é devido à ambição do individuo, ao tormento do desejo imoderado. Enquanto um homem não vence toda espécie de ambição pessoal, a sua vida é pertubação e o seu fim, tristeza. Há três formas principais que assumem as ambições da vida e todas são más. A primeira é o desejo de satisfazer os sentidos, sensualidade. A segunda é o desejo da imortalidade pessoal. A terceira é o desejo de prosperidade, mundanismo. Tudo isso deve ser vencido - quer dizer, o homem tem de deixar de viver para si mesmo - para que a vida possa ser serena. Mas quando forme, em realidade, vencidos e não mais governarem a vida do homem, quando o pronome da primeira pessoa desparecer dos seus pensamentos íntimos, então, ele atingiu a mais alta sabedoria, o Nirvana, a serenidade da alma. Pois o Nirvana não significava, como muitos pensam erradamente, extinção e aniquilamento, mas a extinção e aniquilamento dos fúteis objetivos pessoais que tornam, inevitavelmente, a vida mesquinha, ou lastimável, ou horrível". (WELLS, 1966, p. 108).

O nirvana é um conceito que possui vários sentidos de compreensão, seja advindos das distintas vertentes do budismo ou de outras filosofias antigas e modernas, mas essencialmente Buda disse que o nirvana, palavra que pode significar "ser assoprado", "assoprar", "apagar", "ser apagado", é o estado de paz interior, de pureza, de transcedência dos sentidos, das tentações dos sentidos, uma transcedência física, uma separação da existência deste mundo. Quando se olha para o significado deste termo pode parecer algo complicado de se entender, mas Buda dizia que em nós existia uma Sede ou Desejo (algo chamado de Trishna), o qual é representado por uma chama, é esta "chama" que nos impuciona a procurar nos saciar pelos prazeres dos sentidos, logo caíndo em vicíos e pecados, e isso acaba gerando o karma, e todo o ciclo que fora visto anteriormente. Então para se libertar do karma e da samsara, deve-se "apagar" esta "chama". Já que toda a felicidade neste mundo é ilusória, e a verdadeira graça esta no céu. Quando Sidharta meditava para alcançar o bodhi, ele alcançou primeiro o nirvana, e com isso ele poderia ter encerrado seu karma na Terra e ido para um dos céus, mas ele escolheu ficar e ensinar aos outros, tal fato é referido pela expressão "Buda de compaixão".



As Quatro Nobres Verdades: 
  1. O sofrimento
  2. A origem do sofrimento 
  3. A aniquilação do sofrimento 
  4. O caminho que conduz a aniquilação do sofrimento, e tal caminho era a Senda Óctupla. 
Os caminhos da Senda Óctupla: 
  1. Palavra correta
  2. Ação correta 
  3. Meio de vida correto 
  4. Esforço correto 
  5. Plena atenção correta 
  6. Concentração correta 
  7. Correta compreensão 
  8. Correto pensamento 
"Estas normas integram um caminho do meio, equidistante da vida carnal e da vida ascética, dos excessos do rigor e dos excessos da licenciosidade". (BORGES, 1977, p. 56).

Se tais preceitos forem seguidos devidamente, o individuo alcançará o nirvana e sua libertação plena. Alcançando-se o nirvana a última etapa é alcançar o bodhi (a verdade) assim, a pessoa se torna um Buda. Em algumas vertentes do budismo, as pessoas procuram se tornarem um Buda.

Vertentes dos budismo


O budismo ao longo dos séculos tomou vários rumos, que geraram várias seitas e cada uma possuem identidades próprias, contudo estas vertentes estão agrupadas em três grandes eixos, o primeiro diz respeito aos ensinamentos mais antigos, transmitidos pelo próprio Buda, o segundo eixo é chamado de Mahayana e o terceiro, de Vajrayana. Limitarei-me aqui a falar um pouco da Escola Mahayana, da Vajrayna, e a influência do budismo na China, Japão e o Lamaísmo.


Mahayana


Segundo algumas histórias, Buda não apenas pregou para os homens e os deuses, mas também para os nagas, demônios e outros seres, e seus ensinamentos foram copilados por alguns monges e sacerdotes (curiosamente, Buda sabia ler e escrever, mas não deixou nada escrito). Então por volta do ano de 150 da era cristã, um monge budista chamado Nagarjuna, diz ter recebido dos nagas, a doutrina pregada pelo Buda a eles, assim surgiu o Mahayana (Grande Veículo). Nesta nova vertente do budismo, passou-se a designar as antigas doutrinas de Hinayana (Pequeno Veículo), Nagarjuna trazia novas propostas e mudanças para os ensinamentos budistas.


"Os dois veículos têm em comum as três características do ser (impermanência ou fugacidade, sofrimento e irrealidade do Eu), as quatro nobres verdades, a transmigração, o carma e o meio-termo. O Mahayana se destingue pelo idealismo absoluto". (BORGES, 1977, p. 67). 

No Mahayana procura-se atenuar as ideias de karma e de "aniquilação" para se alcançar o nirvana, enquanto Buda dizia que cada um deve construir sua própria salvação através dos preceitos da Senda Óctupla, o Mahayna profetiza que a outros meios de se alcançar esta graça, seja através da repetição do nome de Buda, de oferendas, orações, meditação etc. Buda não tinha a proposta de criar uma religião, mas mostrar o caminho para a salvação, o mesmo fez Jesus Cristo, sua ideia não era criar uma nova religião, a fé que eles deveriam ter era em Deus, não nele. 

A Escola Mahayana, procura introduzir para os seus seguidores, meios mais abertos e menos conservadores do que fora proposto pelas escolas antigas, a ponto de chegar a divergências com os velhos preceitos. Para eles, o importante não é alcançar o nirvana em si, mas si o bodhi, as reencarnações seriam um caminho para isso. Até o próprio conceito de nirvana sofre algumas mudanças. 

No Mahayana acredita-se em vários Budas, sendo Siddharta Gautama o maior de todos, contudo profetizou-se que o próximo Buda retonará a este mundo no ano de 4457 da era cristã, como o nome de Maitreya, que significa "o Compromisso", "O Cheio de Amor".


Budismo Tântrico


Quanto a Escola Vajrayna, essa já toma um novo caminho em relação a escola Mahayana e o budismo tradicional. O Vajrayna também pode ser chamado de Budismo Tântrico e por outros nomes, este consiste numa vertente esotérica e mágica. A magia sempre fora algo comum na vida no Oriente, e mais ainda na Índia, desde tempos antigos. Assim, passou-se a mesclar as doutrinas mágicas e misticas aos ensinamentos de Buda. Não se sabe ao certo quando esta vertente surgiu, mas sabe-se que ela se divide em dois grandes eixos, chamados de a Mão Direita, que visa o principio masculino do universo, e a Mão esquerda que visa o principio feminino do universo.


No budismo tântrico, seus discipulos estudam através do canto de hinos, conjuros, tratados e descrições de seres místicos, que personificam as forças mágicas e da natureza.

"O budismo tântrico crê que a iluminação somente pode ser obtida por meio de uma doutrina esotérica que o mestre, o guru, ensina oralmente ao discípulo, o chela, e que não podemos encontrar nas escrituras sagradas. As práticas compreendem três métodos: a repetição de fórmulas, os gestos e as danças rituais e a meditação que nos identifica com determinadas divindades". (BORGES, 1977, p. 88).


Por volta do século X, as distintas escolas do budismo tântrico, chegaram ao ponto de deificar o Buda, passando a têr-lo como um deus, algo que no budismo original não se tinha. Além disso, o Tantra da Mão Direita, segue um caminho mais conservador em relação ao Tantra da Mão Esquerda, a qual viabiliza a importância das divindades femininas na doutrina, e o papel da mulher na religião, contudo, na Mão Esquerda diferente da Mão Direita, que diz para impedirmos de sedermos as tentações, a Mão Esquerda diz que certos "prazeres" podem ser consumados com moderação.


Tanto as escolas Mahayana e Vajrayana como o budismo tradicional se espalharam por outros locais da Ásia, neste caso falarei um pouco da China e Japão, mesmo tendo o budismo se espalhado pelo sudeste asiático e pego regiões hoje que pertencem ao Afeganistão e Paquistão.


Budismo na China


Na China, não se sabe ao certo em que ano o budismo fora introduzido na região, alguns historiadores apontam que o budismo fora introduzido na região por volta do século III a.C, por monges peregrinos, outros apontam que a introdução se derá no século I da era cristão, no governo do imperador Ming-Ti da Dinastia Han, o qual governou de 58 a 78. Segundo a tradição, o imperador já havia ouvido falar sobre o Buda, mas não conhecia sua doutrina, então numa noite ele sonhou com um homem iluminado, e acreditou que fosse o Buda, então pediu que trouxessem monges budistas para pregar no império. As escolas budistas chinesas, em sua grande maioria derivam da Escola Mahayana.


Todavia, quando o budismo independente da época que tenha chegado após o século III a.C, se deparou ao chegar em território chinês já com duas filosofias profundamente enraizadas na cultura chinesa, o confucionismo e o taoísmo. O confucionismo advêm dos ensinamentos do filósofo Confúcio, já mencionado por mim anteriormente, onde sua filosofia priorizava uma conduta ética, moral, honra, lealdade, altruísmo, sabedoria etc. Quanto ao taoísmo esse se apresenta tanto como uma filosofia de vida, como também uma religião baseada nos ensinamentos do Tao "Caminho", difundidos pelo filósofo Lao Tsé. 

Ambas filosofia tomavam a vida dos chineses, e demorou que as ideias budistas se espalhasem e ganhasem novos adeptos, principalmente devido a alguns fatos, como a reclusão em uma vida monástica, o afastamento da família, algo que as outras filosofias pregavam o contrário, sendo assim, de inicio os ensinamentos budistas ficaram restritos a poucos homens das classes baixas que buscavam ou eram enviados para a conversão nos vários templos que começaram a surgir. Mesmo com este significativo número de templos que surgiam ao longo do império, por muitos anos o budismo ficou relegado, houve épocas que os imperadores probiram a divulgação de textos budistas ou a leitura destes pelas cidades. 

Bodhidarma
O budismo na China começou a se transformar a partir do século V, nessa época, várias escolas e seitas já haviam se estabelecido no país, e algumas procuraram mesclar ensinamentos do confucionismo e do taoísmo, a fim de tornar a doutrina mais acessível aos costumes chineses. Fora também nesse período que um monge indiano chamado Bodhidarma chegou ao sul da China. Bodhidharma de vertente Mahayna trouxe para o país a tradição Ch'an, a qual ficaria conhecida no Japão pelo nome de Zen, sua doutrina mesclava os preceito do Mahayana, com novos ensinamentos, que incluiam posturas medidativas, chamadas no Japão de zazen. Tais posturas são uma característica desta tradição budista, a qual através da meditação procura-se alcançar o bodhi. Além desta fato, credita-se a Bodhidarma o ensinamento das artes marciais a vida dos monges, e algumas lendas dizem que fora ele quem ensinou os primeiros preceitos do Kung Fu aos monges shaolin, os quais representam a escola budista chinesa mais conhecida no Ocidente.


Não se sabe quanto tempo Bodhidharma viveu e passou viajando pela China, divulgando seus ensinamentos, mas existe uma lenda na qual diz que ele passou nove anos sentado diante de uma parede, meditando todos os dias, algo que passou a ser chamado de "olhar parede", uma prática divulgada em alguns livros budistas chineses. Ainda hoje o propósito desta prática ainda é incerto, mas tudo indica que era uma forma, de se "desligar" deste mundo, a fim de se procurar o caminho para o bodhi.


Lamaísmo


O Lamaísmo ou budismo tibetano surgiu na região montanhosa do Tibet, o qual hoje faz parte do território chinês.


"O lamaísmo é uma curiosa extensão teocrática, hierárquica, politica, econômica, social e demonológica do Mahayana". (BORGES, 1977, p. 75).


Diferente de outras escolas budistas, o lamaísmo se mostra como uma religião hieraquizada, secular e monástica, até então no budismo tradicional, Buda nunca apresentou hieraquias entre seus discipulos, todos eram iguais, e nunca propôs uma secularização do budismo, algo que ocorreu com o cristianismo, que acabou gerando a Igreja Apóstolica Católica, e após seus vários cismas, as vertentes ortodoxas, protestantes e coptas.

O lamaísmo surgiu no século VII ou VIII, com o monge Padmasambhava, chamado também de Guru Rinpoche. O lamaísmo compartilha algumas características da Escola Varyjuna. Para os tibetanos, Guru Rinpoche fora o segundo Buda, o sucessor de Sidharta Gautama, para outros, ele fora mais um dos Budas que viveram no mundo, todavia, ele fora o fundador da mais antiga escola budista tibetana, a Nyngima. Hoje existem outras escolas, mas me prenderei a falar essencialmente da organização do lamaísmo que tem como principal figura o Dalai Lama (Grande Rei).


Os Dalai Lamas são os lideres religiosos da escola Gelug, e desde o século XIV com a aparição do primeiro Dalai Lama, Gedun Truppa (1391-1414) são os principais representantes do budismo tibetano e de sua política, desde o século XVII. 

O Dalai Lama, divide sua autoridade com o Panthohen Lama (Glorioso Mestre), ambos formam o poder temporal e espiritual do lamaísmo, algo visto nos papas, principalmente no período medieval. A palavra lama significa "mestre", denotando a hieraquização da religião, mesmo essa possuindo uma vertente popular, apenas os mestres recebem o titulo de lama. O lamaísmo possui uma série de liturgias, que o diferenciam de outras escolas, liturgias essas que pregam a leitura, o canto e a recitação dos textos litúrgicos, os saddahanas, o conhecimento da música, da pintura, da caligrafia, da escultura, o conhecimento dons antigos ritos misticos e mágicos, existe uma forte presença demonológica nesta cultura, onde procura-se afastar os demônios e os maus espiritos, algo que também é visto em outras religiões e culturas do Oriente e Ocidente. 

Atual Dalai-Lama
No lamaísmo, não admiti-se o karma, para eles o que fora feito de bom e mau aqui será julgado no outro mundo, contudo não significa que não haverá mais reencarnações, independente de karma bom ou ruim. Todavia, no lamaísmo existe uma forte preocupação com a jornada que o morto deve fazer até o seu julgamento, algo não visto em outras escolas. Existe um livro chamado Barde-Thödol (Libertação Pelo Ouvido) o qual representa uma espécie de manual fúnebre no qual deve-se realizar todos os procedimentos fúnebres e as orações para guiar a alma até o Senhor da Morte, onde esta será julgada. Os antigos egipcios possuiam algo do tipo, em seu Livro dos Mortos. Atualmente o décimo quarto Dalai Lama, Tenzin Gytaso, se encontra em exílio do Tibet, devido a perseguição comunista sofrida pelos tibetanos nas décadas anteriores. Todavia, ele ainda é o líder espiritual e politico do Tibet.


Zen Budismo

O chamado Zen budismo tem sua origem da tradição Ch'an, trazida para China por Bodhidharma, como dito anteriormente. No século VI esta tradição chega ao Japão e ganha o nome de Zen, posteriormente outras escolas budistas também chegaram ao país. O Zen budismo também fora introduzido em Taiwan e nas Coréias, além de outros países. Um fato importante de se compreender sobre o Zen, diz respeito a busca do bodhi, chamado nesta tradição de satori.


De acordo com uma história, Bodhidharma fora interrogado pelo seu aluno Shen-Kuan, o qual havia dito para o mestre, que não conseguia compreender os seus ensinamentos, que sua mente estava confusa e sem tranquilidade. Bodhidharma quebrou seu silêncio medidativo, e lhe disse: "Mostre-me tua mente e te darei a paz", o discipulo respondeu: "Quando busco minha mente, não dou com ela". Bodhidharma sorri e lhe diz: "Já estás em paz". Se recodarmos do principio do nirvana dito anteriormente, veremos que o monge Shen-Kuan, não estava longe de alcançar o nirvana e o satori.

Para se alcançar o satori, é comum no Zen, utilizar-se do kean, o qual seria uma pergunta sem respostas lógicas. Todavia, de acordo com os ensinamentos do Zen, cada pessoa tem seu próprio tempo para alcançar ou não o satori, isso pode levar meses, anos ou décadas, o satori as vezes é representado pela metáfora de um relâmpago, o qual de forma tão sublime e de repente, ele acontece, assim é quando você alcança o satori. Claro que existem, outros meios de se alcançar o satori, como através da meditação, de exércios físicos e mentais, já que o zen ensina as artes da pintura, poesia, música, caligrafia, da arquitetura, dos jardins, das artes marciais, do arco e flecha, e existem histórias de métodos bem mais severos, que danificavam o corpo.

Além destas artes e da meditação, o Zen também prega preceitos de etiqueta, cordialidade, respeito, educação, tradição, características vistas nas cerimônias do chá.

"Para o Zen, os atos mais comuns podem ser executados com um sentido religioso e devem enaltecer a nossa vida". (BORGES, 1977, p. 98).
NOTA: Na China, por volta dos século XV e XVI fora escrito o conto A Jornada ao Oeste, no qual narra a viagem de um monge chinês para a Índia a fim de resgatar pergaminhos budistas. Na jornada o monge terá que enfrentar muitos perigos e inimigos, então ele é auxiliado por um cavalo, um porco e pelo rei-macaco Sun Wukong. Tais histórias são bem populares no Oriente, e aqui no Ocidente, o que mais se aproxima desta história é a adaptação criada por Akira Toriyama, na série de mangá/anime Dragon Ball.  
NOTA 2: Os templos budistas japoneses são conhecidos pelos seus belos e intrigantes jardins, o mais famoso é o do templo de Ryoan-Ji em Quioto.
NOTA 3: Os mais antigos templos shaolin existem há mais de mil anos. Desde então monges vem sendo treinados.
NOTA 4: A personagem Shaka, Cavaleiro de Ouro de Virgem da série Cavaleiros do Zodiaco (Saint Seiya), segue uma doutrina budista, fato este que ele sempre aparece meditando, e tendo os olhos fechados para este mundo. Além disso, seus poderes fazem referêncais a conceitos budistas.  
NOTA 5: Quando o Dalai Lama morre, ele reencarna em uma criança, geralmente da classe baixa e camponesa. Então seus seguidores investigam todas as crianças que nasceram, para identificar o próximo Dalai Lama.
NOTA 6: Os conceitos de reencarnação e karma também são compartilhados com o Espiritismo e a Teosofia.

Viver bem

Relaxando a Mente


Silêncio interior. Já ouviu falar? Ah... é um pequeno oásis de tranquilidade que existe lá dentro da gente. É um pedacinho de céu azul que aparece quando a gente fecha os olhos. Aquela sensação de paz que ninguém pode tirar de você. E pra sentir essa paz você não precisa estar em um lugar sem barulho, agitação ou trabalho. Você a sente apesar de tudo isso. E é esse silêncio que põe a casa em ordem, que organiza os pensamentos.
"Penso 99 vezes e nada descubro. Deixo de pensar, mergulho no silêncio e a verdade me é revelada." Albert Einstein
O que você escuta quando fecha os olhos? Você escuta o silêncio ou sua mente continua conversando como se você não estivesse ali? Essa conversa mental causa tensão, porque nos impede de viver no momento presente. Essa conversa está sempre remoendo fatos do passado ou nos “pré-ocupando” com o futuro.
Precisamos fazer a mente parar de falar e isso não significa que temos que parar de pensar, mas sim que temos que acalmar os pensamentos e percebê-los. Focar a mente no "aqui e agora" e estar presente no que estivermos fazendo. Só assim podemos relaxar.
Da mesma forma que recebemos e acumulamos as tensões do dia-a-dia, temos que fazer o caminho inverso e descarregar na mesma medida pra manter o equilíbrio. O caminho de vinda é fácil, acontece o tempo todo com a maioria de nós, mas o segundo é que é difícil, precisa de treino pra fluir naturalmente. E quando nos permitimos relaxar de verdade, nosso prêmio é o delicioso silêncio interior.
Então, o conselho que fica é: hoje mesmo, apenas feche os olhos e observe seus pensamentos. Você tem sua mente focada no que está fazendo agora ou faz uma tarefa pensando em outra? Se a resposta foi a segunda alternativa, é hora de começar o treino. Procure se atentar mais ao que está fazendo naquele momento, mesmo que não esteja fazendo nada. Apenas relaxe. Permita-se viver cada momento e desfrutar ao máximo o que ele tem para oferecer. Uma mente tranqüila deixa a vida muito mais leve.

Fonte: http://relaxandonarede.blogspot.com/



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Meditar significaria, então, a cura de todos os males?


Conhecimento milenar

A meditação – uma prática milenar, essencial nas tradições orientais – se tornou popular em todos os países do Ocidente, conforme a sociedade moderna busca encontrar formas de combater o estresse e melhorar a sua qualidade de vida. Recentemente, uma nova pesquisa científica sugere que a meditação pode trazer inúmeros benefícios para nossa saúde e desempenho, incluindo a função imunológica melhorada, a redução da pressão sanguínea e função cognitiva mais apurada. O novo estudo, junto com muitos outros, tenta descobrir de onde vêm os benefícios da prática. O objetivo da pesquisa é desvendar a complexidade conceitual e mecanicista da consciência na meditação.
Os 4 componentes

O estado de consciência da meditação, tem, segundo os pesquisadores, quatro componentes chave que podem ser responsáveis por seus efeitos:
1.    Regulamentação da atenção (Água)
2.    Consciência corporal (Terra)
3.    Regulação emocional (Ar)
4.    Senso próprio (Fogo)
Juntos, esses componentes nos ajudam a lidar com os efeitos do estresse. Eles estão intimamente ligados. Ou seja, uma melhoria na regulação de atenção, por exemplo, pode melhorar a nossa consciência de nosso estado fisiológico. Uma consciência corporal, por sua vez, nos ajuda a reconhecer as emoções que estamos experimentando. Compreender as relações entre esses componentes e os mecanismos cerebrais subjacentes a eles permite que os médicos sugiram intervenções de meditação adequadas aos seus pacientes.
Assunto sério

No entanto, a meditação não deve ser feita de qualquer jeito e não cura tudo. Para que ela seja eficaz, requer treinamento e prática. Além disso, pode ter diferentes efeitos mensuráveis sobre nossas experiências subjetivas, nosso comportamento e nossas funções cerebrais.
Os médicos esperam que mais pesquisas sobre este tema permitam que um espectro muito mais amplo de indivíduos utilize a meditação como uma ferramenta versátil para facilitar a mudança, tanto na psicoterapia quanto na vida cotidiana.
Meditar É Viver Mais E Melhor

Vamos mostrar as últimas e surpreendentes pesquisas sobre o assunto, publicadas em uma das principais revistas científicas do planeta, e ensinar uma técnica tão simples que até quem nunca meditou vai conseguir. Os números impressionam. Comparada com os efeitos produzidos apenas por medicamentos, a meditação diminuiu em 49% as mortes por câncer, em 30% as decorrentes de problemas cardiovasculares e em 23% as provocadas por doenças em geral. O estudo, publicado no conceituadíssimo periódico American Journal of Cardiology, durou nada menos do que 18 anos e foi feito com 202 homens e mulheres idosos e hipertensos que se dedicaram a essa prática sistematicamente. Duas vezes, todo dia, durante 20 minutos.
Professor Dr. Robert Schneider

O estudo se refere à meditação transcendental, uma, entre as cerca de 6 mil técnicas meditativas existentes no mundo. Não que as demais não sejam eficazes. São sim, e isso já está mais do que comprovado. “Todas causam um estado de relaxamento psicofísico”, explica o Dr. Roberto Cardoso, professor do Curso de Especialização em Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O que diferencia a transcendental das demais é, além da simplicidade, a rapidez de seus efeitos. “Ela age de forma surpreendente desde os minutos iniciais, permitindo que o corpo descanse duas vezes mais do que durante o sono”, afirma o professor Dr. Robert Schneider, diretor do Centro de Prevenção e Medicina Natural da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, e um dos principais coordenadores da pesquisa.
A meditação transcendental não tem nada a ver com religiões e não requer rituais ou a repetição de complicadas palavras em sânscrito. Basta sentar (não precisa ser na clássica posição de lótus) e meditar, sem a necessidade de isolamento. No chão ou numa cadeira, num lugar bucólico ou numa movimentadíssima avenida, o resultado é o mesmo.

Meditar significaria, então, a cura de todos os males? Não existe técnica milagrosa. A prática regular cria condições para resolver os problemas e, assim, melhorar a saúde. Na raiz de grande parte das doenças está o estresse, que, como se sabe, dá maus frutos. “Ele aumenta o desequilíbrio de hormônios, como o cortisol, que inflama as artérias. Isso causa hipertensão e pode resultar em derrames e ataques cardíacos”, resume o Dr. Robert Schneider. A meditação transcendental, utilizada no estudo, confirmou algo que os cientistas já suspeitavam: ela contribui até para evitar o acúmulo de placas gordurosas nas artérias do coração, a temida aterosclerose.
Outros estudos comprovaram que a meditação retarda o envelhecimento, melhora a qualidade de vida de portadores de doenças graves e auxilia na redução do consumo de cigarro, álcool e outras drogas.
Passo-a-passo
Aprenda a técnica básica da meditação. Inspire e expire sempre pelo nariz
1. Com uma roupa confortável e os pés descalços, sente-se num local onde se sinta bem acomodado. Se for numa cadeira, fique na ponta para apoiar os pés no chão. Numa almofada, cruze as pernas.








2. Encaixe os quadris e mantenha a coluna ereta. Solte os ombros para não forçar a musculatura. Evite mudar de posição, mesmo que sinta dor e desconforto. Isso facilita a concentração e evita os pensamentos dispersivos.








3. Para manter a cabeça na linha da coluna, incline levemente o queixo para baixo até que ele fique paralelo ao corpo. A língua no céu da boca facilita a passagem da saliva. Mantenha os olhos semi-abertos e fixe-os num ponto para não adormecer.








4. Coloque a mão direita sobre a esquerda e una a ponta dos polegares. Repouse as mãos nesta posição em seu colo. Agora, procure esvaziar a mente, sem se concentrar em nenhum pensamento.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Biografia do Chico Museu 2012

Esperantina, Piauí, Brasil
Francisco das C. Oliveira, hoje conhecido como (CHICO MUSEU) Nasceu no dia 31 /01/1975 em cocal das Montanhas, Filho de Maria Lina de Oliveira e Jorge Ferreira de Oliveira ( já falecido).Cursou até sétima série do ensino fundamental, e o que eu aprendi foi com os livros e com os mais humildes. Não estou preocupado com o meu Português e nem com o direito autoral das fotos, copie as fotos copie os textos faça o que você quiser, mas seja humilde para lembrar que foi o simples Chico Museu que postou que despertou as suas idéias e que TENTOU contribuir para esse mundo ser bem melhor, eu acredito muito nas pessoas e espero dias melhores para todos os SERES Sencientes. Não me elogie, mas também não me critique. Há mais de oito anos conheci o BUDISMO e tento por em prática alguns preceitos Budistas, entre eles; faço meditação, tenho cuidado com a minha alimentação, e estou sempre preocupado com o bem estar do próximo, sendo às vezes confundido Como Político’.    Quando se fala sobre Política, Religião, Time de Futebol, ou outros assuntos que geram polêmicas, EU fico no CAMINHO DO MEIO.
O objetivo deste simples site é levar até você um pouco da nossa história cultural, confesso que as matérias estão muitas vazias, mas tudo isso é de acordo com a minha condição financeira, me falta transporte e equipamentos para melhorar o nosso trabalho. Mas enquanto isso tento VALORIZAR AS PESSOAS do meu SIMPLES jeito de ser; e, além disso, valorizo tudo que as pessoas produzem, sendo assim as matérias para a INTERNET. Estamos aqui somente de passagem por este planeta; e ainda tem gente que fica ’brigando por coisas e pessoas, fazendo tempestade em copo d água, enquanto isso deixa de prestar algum tipo de contribuição para os nossos seres Sencientes. Quero que este simples SITE possa servir como fonte de pesquisas referente à CULTURA da nossa gente. Embora sabendo que é  muito difícil fazer cultura numa cidade em que não se prestigia a cultura do nosso povo,exemplo disso é o museu, que DEIXEI PARA TRAZ, vou seguir outros caminhos da vida, e por último vou prosseguir com a minha FILOSOFIA DE VIDA que é o BUDISMO. Estava passando pela vida, agora eu preciso viver a VIDA.
 As pessoas me perguntam qual é a minha escolaridade e Timidamente respondo.
 

 Eu sou formado na universidade federal da vida com o curso e diploma em experiências. Fiz o PHD no Instituto da dificuldade e me formei em humildade. Tenho a licenciatura em atuar com honestidade e simplicidade por toda a minha vida.

Confesso que tenho uma coleção de certificados, entre eles, tenho certificado de Amor ao Próximo, Paz, Serenidade, Educado, Pureza, Caridade, Fé, Esperança, Gentileza, Tranquidade, e o melhor certificado que tenho é tentar levar uma vida deforma  correta. E para mim, Sabedoria é abrir mão de tudo por uma vida SIMPLES.  "É melhor ser desprezado por viver com simplicidade do que ser torturado por viver em permanente simulação."

                                  Ass. Chico Museu em 06/02/2012

ChicoMuseu.com - O Site Cultural De Esperantina-PI: Biografia doChico Museu 2012

ChicoMuseu.com - O Site Cultural De Esperantina-PI: Biografia doChico Museu 2012: Esperanti...

Butão, Um País Totalmente Budista

                           Butão

                        Por Que Pra Lá? - Butão                       


POR QUE PRA LÁ? - BUTÃO
Primeiro pegue um mapa. Depois, uma lente de aumento. Agora olhe aquela região onde Índia, Nepal, Bangladesh e China se encontram. Viu um ponto diferente por alí? É o Butão.
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Não é de se estranhar que muita gente não saiba onde fica esse país minúsculo (800 mil habitantes) com nome esquisito.
Photo: jarame (Flickr)
Até há bem pouco tempo, o Butão simplesmente não existia para o mundo do turismo. Suas fronteiras só foram abertas aos estrangeiros em 1974 e até hoje são controladíssimas pelo governo, que pretende evitar turismo em massa e qualificar seus visitantes cobrando entre 200 e 250 doláres por dia de cada um.
Photo: graham (Flickr)
Até hoje, o maior motivo de destaque mundial do Butão, cuja bandeira é essa aqui embaixo, foi a forma nada ortodoxa de medir a sua riqueza. Ao invés do clássico Produto Interno Bruto, os butaneses usam a Felicidade Interna Bruta. E pelos relatos que vêm de lá, a FIB anda em alta no país
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Feita a introdução, passemos ao que interessa: por que passar férias no Butão?
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1) Para conhecer o país que é conhecido como “o último paraíso na Terra”.
Photo: jean-marie hullot (Flickr)
2) Para visitar o primeiro (e até agora único) país do mundo onde é proibido vender cigarro, mas não é proibido fumar se você conseguir de algum turista, por exemplo.
3) Para ver plantações de maconha em um país que proíbe o tabaco (usadas para alimentar porcos).
Photo: hockadilly (Flickr)
4) Para conhecer um país fundado por budistas e profundamente ligado à religião até hoje.
Photo: steve evans (Flickr)
5) Para conhecer um país onde a população pinta enormes pênis nas paredes, em homenagem ao lama Drukpa Kunley, que andava pelado, “iluminava” mulheres através do sexo e trocava sabedoria por cerveja. Um gênio, portanto.
Photo: deana zabaldo (Flickr)
6) Para conhecer o único país do mundo que usa o indicador “Felicidade Interna Bruta” para medir sua riqueza.
Photo: Steve Evans (Flickr)
7) Para tentar entender como a Felicidade Interna Bruta pode ser tão alta em um dos países mais pobres do mundo.
Photo: steve evans (Flickr)
8 ) Para tentar entender como um dos países mais pobres do mundo consegue ter indicadores sociais tão bons.
9 ) Para ver ao vivo o Festival de Paro, a única atração butanesa no livro 1000 Lugares Para Conhecer Antes de Morrer.
Photo: andy lederer (Flickr)
10) Para aprender dzongkha, a língua oficial do Butão, falada apenas lá e na região indiana de Sikkim.
Photo: Andrea Williams (Flickr)
11) Para conhecer um país que teve sua primeira eleição democrática em 2008.
12) Para ver como são as ruas de um país com um único semáforo.
Photo: Steve Evans (Flickr)
13) Para visitar um lugar que só viu o primeiro televisor há 11 anos.
14) Para ser um dos pouquíssimos 14 mil turistas que visitam o país a cada ano.
Photo: Birger Hoppe (Flickr)
15) Para conhecer a arquitetura butanesa, uma das principais atrações do país.
Photo: Soham Banerjee (Flickr)
16) Para encher a cara com as cervejas butanesas.
Photo: Daniel P. Schmidt (Flickr)
17) Para ver paisagens de cair o queixo, já que o Butão fica no meio das montanhas do Himalaia.
Photo: Marina & Enrique (Flickr)
18) Para fazer trekking por lugares estupendos e, no final, chegar em uma cidadezinha e ser abençoado por um lama reencarnado.
Photo: Steve Evans (Flickr)
19) Para passear pelo Royal Manas, um parque natural com biodiversidade incrível, por estar na junção biogeográfica indiana, etíope e indochinesa.
20) Para perder o fôlego vendo, ao vivo, o monastério Taktsang. Sim, aquele que aparece em 10 entre 10 matérias sobre o Butão.
Photo: Bob Witlox (Flickr)
21) Para comprar um chapeuzinho de bambu do povo Layap.
Photo: steynard (Flickr)
22) Para ver alguns dos aproximadamente 2 mil templos e monastérios budistas do país.
Photo: Jean-Marie Hullot (Flickr)
23) Para voar de Druk Air, a companhia aérea nacional, ou de Buddha Air, a mais nova companhia a entrar no país.
Photo: laihiuyeung ryanne (Flickr)
24) Para chegar lá pegando o voo entre Kathmandu e Paro, que passa por 4 das 5 maiores montanhas do mundo: Everest, Lhotse, Makalu e Kangchenjunga.
Photo: shrimpo1967 (Flickr)
25) Para conhecer um país que tem mais de 70% da sua área coberta por florestas.
26) Para conhecer um país cujo rei usa um penteado Elvis-style.
Photo: Gelay Jamtsho (Flickr)
27) Para querer voltar (70% dos turistas que passam por lá manifestam a vontade de retornar em menos de 5 anos).
Photo: Birger Hoppe (Flickr)