sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Música Para Meditar Como Um Monge Budista

Meditação do Budismo Tibetano - ORIGINAL

Musica Tibetana Budista - Happiness Is - por Singer Yungchen Lhamo

MONJES BUDISTAS - CANTOS, RECITATIVO Y MANTRAS

Vida de Buda - Primera Parte

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Endless Emotion - Rainforest Over 1,761071 Viewings Ken Davis Internatio...

SEGUINDO OS PRECEITOS DO MESTRE BUDA

Os dez preceitos ou mandamentos do Budismo


Monja Isshin




Buda disse aos seus discípulos, "Existem dez preceitos Prjtimoksa (maiores) de Bodhisattva. Se alguém recebe os preceitos mas não os recita, não é um Bodhisattva nem uma semente do estado Buda. Também eu recito estes preceitos. Todos os Bodhisattvas os estudaram no passado, os estudarão no futuro e os estudam agora. Seguidamente explicarei as características principais dos preceitos de Bodhisattva. Deveis estudá-los e observá-los de todo o coração."



1. Primeiro Preceito Maior: Não Matar



Um discípulo de Buda não deve matar, encorajar outros a matar, matar por expedientes, louvar o ato de matar, rejubilar-se ao presenciar o ato de matar ou matar mediante encantamentos ou mantras desviantes. Não deve criar as causas, condições, métodos ou karma de matar e não deve matar intencionalmente qualquer criatura viva.



Enquanto discípulo de Buda, deve desenvolver uma mente compassiva e filial, procurando sempre meios hábeis para salvar e proteger todos os seres. Se, pelo contrário, falha em se restringir, tirando prazer cruel em matar, comete uma ofensa Parajika (maior).



2. Segundo Preceito Maior: Não Roubar



Um discípulo de Buda não deve roubar, encorajar outros a roubar, roubar por expedientes, roubar mediante encantamentos ou mantras desviantes. Não deve criar as causas, condições, métodos ou karma de roubar. Nenhum valor ou bem, mesmo pertencente a fantasmas, espíritos ou ladrões, seja ele pequeno como uma agulha ou uma erva, pode ser roubado.



Enquanto discípulo de Buda, deve desenvolver uma mente misericordiosa, compassiva e filial - ajudando sempre as pessoas a obterem méritos e virtudes e a alcançarem felicidade. Se, pelo contrário, ele rouba o que pertence a outros, comete uma ofensa Parajika.



3. Terceiro Preceito Maior: Não Manter Condutas Sexuais Impróprias



Um discípulo de Buda não deve envolver-se em atos licenciosos ou encorajar outros a fazê-lo. [Enquanto Monge] não deve ter relações sexuais com nenhuma fêmea - seja ela humana, animal, divindade ou espírito - nem criar as causas, condições, métodos ou karma dessa má conduta. Além disso, não deve envolver-se em conduta sexual imprópria com ninguém.



Um discípulo de Buda deve ter uma mente filial, salvando os seres e instruindo-os no Dharma da pureza e castidade. Se, em vez disso, é desprovido de compaixão e encoraja outros a se envolverem em condutas sexuais impróprias, ou envolve-se promiscuamente com alguém, incluindo animais ou mesmo a sua mãe, filha, irmã ou outros parentes próximos, comete uma ofensa Parajika.



4. Quarto Preceito Maior: Não Mentir Nem Falar com Falsidade



Um discípulo de Buda não deve usar palavras ou expressões falsas, nem encorajar outros a mentir ou mentir mediante expedientes. Não deve envolver-se nas causas, condições, métodos ou karma de mentir, dizendo ter visto o que não viu ou vice-versa, ou mentindo implicitamente mediante meios físicos ou mentais. Como discípulo de Buda deve manter sempre a Fala Correta e o Ponto de Vista Correto e levar os outros a mantê-los também. Se, em vez disso, conduz os outros a um discurso errôneo, a pontos de vista errôneos ou mau karma comete uma ofensa Parajika.



5. Quinto Preceito Maior - Não Vender Bebidas Alcoólicas



Um discípulo de Buda não deve negociar bebidas alcoólicas ou encorajar os outros a fazê-lo. Ele não deve criar as causas, condições, métodos ou karma de vender qualquer substância tóxica, porque os tóxicos são a fonte de todos os tipos de ofensas.



Enquanto discípulo de Buda, deve ajudar todos os seres a alcançar sabedoria clara - se em vez disso os induz a um pensamento perturbado e turvo, comete uma ofensa Parajika.



6. Sexto Preceito Maior: Não Veicular as Faltas da Assembléia



Um discípulo de Buda não deve veicular as faltas ou infrações de Bodhisattvas ordenados ou leigos, nem de monges e monjas comuns, nem encorajar outros a fazê-lo. Não deve criar as causas, condições, métodos ou karma de discutir as faltas da assembléia.



Enquanto discípulo de Buda, sempre que ouça pessoas malévolas, não-Budistas ou seguidoras dos Dois Veículos falarem de práticas contrárias aos preceitos no seio da comunidade Budista, deve instruí-los com mente compassiva e levá-los a desenvolver uma fé sadia no Mahayana. Se, em vez disso, discute as faltas e más ações que ocorram no seio da assembléia, comete uma ofensa Parajika.



7. Sétimo Preceito Maior: Não Se Louvar Depreciando os Outros



Um discípulo de Buda não deve louvar-se e falar mal dos outros ou encorajar outros a fazê-lo. Não deve criar as causas, condições, métodos ou karma de se louvar a si mesmo e depreciar os outros.



Enquanto discípulo de Buda deve estar disposto a se sacrificar por todos os seres e a suportar humilhações e calúnias - aceitando censuras e deixando que os outros seres recebam toda a glória.



Se, em vez disso, exibe as suas virtudes e encobre os aspectos positivos dos outros, fazendo desse modo com que sofram calúnias, comete uma ofensa Parajika.



8. Oitavo Preceito Maior: Não ser Avarento Nem Abusivo



Um discípulo de Buda não deve ser avarento nem encorajar outros a sê-lo. Não deve criar as causas, condições, métodos ou karma da avareza. Enquanto Bodhisattva, sempre que uma pessoa necessitada pede ajuda, deve dar-lhe o que quer que ela precise. Se, em vez disso, com raiva e ressentimento, lhe nega toda a assistência - recusando-se a ajudar ainda que com apenas um centavo, uma agulha ou uma erva, mesmo que com uma sentença ou verso ou uma letra do Dharma, mas em vez disso, censura e insulta essa pessoa - comete uma ofensa Parajika.



9. Nono Preceito Maior: Não Alimentar Raiva e Ressentimento



Um discípulo de Buda não deve acolher o sentimento de raiva ou encorajar outros a se enfurecer. Não deve criar as causas, condições, métodos ou karma da raiva.



Enquanto discípulo de Buda, deve ser compassivo e filial, ajudando todos os seres a desenvolverem boas raízes de não-confrontação. Se, em vez disso, insulta e desrespeita os seres, mesmo seres de transformação [tais como divindades ou espíritos] com palavras rudes, agredindo-os com o punho ou com o pé, com uma faca ou com um pau - ou guarda rancor mesmo depois de a vítima confessar os seus erros e pedir perdão com uma voz doce e conciliatória - o discípulo comete uma ofensa Parajika.



10. Décimo Preceito Maior: Não Caluniar as Três Jóias



Um discípulo de Buda não deve falar mal dos Três Tesouros ou encorajar outros a fazê-lo. Não deve criar as causas, condições, métodos ou karma da calúnia. Se um discípulo ouve ainda que uma só palavra de calúnia contra Buda, proferida por não-Budistas ou seres malévolos, experimenta uma dor semelhante à de trezentas setas a trespassarem o seu coração. Como pode então ser possível ele mesmo caluniar as Três Jóias?



Assim, se um discípulo é desprovido de fé e de sentimentos filiais e ajuda pessoas malévolas ou com noções aberrantes a caluniar os Três Tesouros, comete uma ofensa Parajika.

TEMPLO BUDISTA EM AFEGANISTÃO

Ciência


Arqueólogos descobrem templo budista no Afeganistão

Em meio aos conflitos que assolam o país, arqueólogos encontram um sítio budista repleto de relíquias ao sul da capital Cabul
Uma das estátuas dos Budas de Bamyan, na região central do Afeganistão, desfigurada pelo regime do Talibã que governou o país entre os anos de 1996 e 2001 (DeA Picture Library) Dentro do templo existem belas salas, murais artísticos coloridos e moedas
Arqueólogos afegão encontraram restos da era budista ao sul de Cabul. Mohammad Nader Rasouli, chefe do departamento de arqueologia do Afeganistão, disse nesta terça-feira, em entrevista à agência de notícias Reuters, que foi encontrado um templo repleto de estátuas e ornamentos em ouro.
As autoridades do país informaram que algumas relíquias datam do ano 500, mas há indícios de que muitos objetos sejam pré-históricos. Rasouli disse que o país precisa de ajuda internacional para manter a integridade dos objetos e realizar mais escavações.
Os arqueólogos disseram que dentro do templo existem belas salas, murais artísticos coloridos e moedas. O sítio arqueológico tem mais de 12 quilômetros e está na região de Aynak, um pouco ao sul da capital Cabul.O lugar é próximo do local onde a China vem extraindo cobre, parte de um investimento bilionário no Afeganistão. Rasouli disse ainda que a extração de cobre não prejudicou as escavações, mas desde que o governo deu início às escavações, há um ano, algumas relíquias foram roubadas ou destruídas por contrabandistas.
Relíquias budistas correm perigo dentro do Afeganistão. O Talibã, regime mulçumano que governou o país durante os anos de 1996 e 2001, destruiu os gigantescos budas de Bamyan, por entenderem que as estátuas representavam uma ameaça ao Islã. O Afeganistão, atualmente quase todo muçulmano, já passou por diferentes dominações de credo como o hinduísmo, o budismo e o zoroastrismo — uma religião monoteísta fundada na antiga Pérsia, atual Irã.
Rasouli concluiu dizendo que o governo afegão não possui recursos para levar as relíquias para um local mais seguro. A intenção do chefe do departamento de arqueologia do Afeganistão é construir um museu onde o templo foi encontrado.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Uma Religião que atrai multidões

Os fundamentos de Buda atraem fiéis em todo o mundo, como na Coréia do Sul



Foto: AP



O budismo é uma tradição religiosa que se concentra no desenvolvimento espiritual de cada pessoa e em um entendimento profundo da verdadeira natureza da vida. Esse conceito difere o budismo de qualquer outra religião, pois não se refere à relação do ser humano com Deus.

O budismo, que atualmente tem de 350 a 500 milhões de seguidores em todo o mundo, não se encaixa em nenhum dos padrões de outras religiões. É uma religião sem conceito de céu, inferno ou salvador. O budismo não requer uma fé cega, mas ensina que seus fiéis devem testar os ensinamentos de Buda e suas experiências pessoais.



Ocidente e origens

O budismo é uma tradição religiosa e filosófica vasta e complexa que surgiu há mais de 2,5 mil anos. Nos últimos 30 anos, ele tem crescido no Ocidente. Seus maiores atrativos para uma sociedade pós-moderna são: a natureza não-dogmática da religião, sua racionalidade e a oportunidade de orientação espiritual.



A religião foi fundada por Sidarta Gautama, na Índia. Mais tarde, Gautama recebeu o nome de Buda, que significa esclarecido, iluminado, aquele que despertou.



Segundo o budismo, a maioria das pessoas ainda vive em um sono profundo, sem saber o que realmente é a vida. E essa ignorância seria a razão do sofrimento. O buda é alguém que acorda para o conhecimento do mundo como ele realmente é e encontra libertação do sofrimento. Para se chegar a esse ponto é preciso desenvolver a moral, a meditação e a sabedoria. Ele ensina simpatia e compaixão com relação ao sofrimento dos outros e para o benefício e bem-estar de todos.



O budismo, que pode coexistir com outros credos, não é uma religião missionária, à procura de convertidos, mas aqueles que querem se converter são bem recebidos.



Entendendo o budismo

O budismo não tem um credo único, nenhuma autoridade única, nenhum livro sagrado. E se concentra em cada indivíduo à procura de esclarecimento. Para o budista, nada é permanente. O fiel defende a idéia de valores centrais que estariam contidos em "Quatro Verdades Nobres". As "verdades nobres" foram reveladas a Buda enquanto ele estava sentado embaixo da árvore bodi.



A primeira, a dukka, toda a existência é insatisfatória e cheia de sofrimento. A segunda, a trsna, a raiz do sofrimento pode ser definida como uma tendência a coisas erradas, a tentativa de achar estabilidade em um mundo mutante é o caminho errado. A terceira é o nirvana, segundo o qual é possível encontrar o fim do sofrimento. O Caminho do Meio ou Nobre Caminho do Óctuplo seria a maneira para encontrar uma solução para o sofrimento ou acabar com ele.



Deuses

Para o budista, não existe um deus criador do universo. Toda a existência se resume em Dukkha, que procura achar algo permanente em um mundo onde nada é permanente, mas a mudança e transformação são sempre possíveis.



O Dukkha pode terminar no esclarecimento ou estado conhecido como nirvana, onde todas as ações e interações deixam de existir. A vida é um processo contínuo de nascimento e morte, mas não existe nenhuma alma que renasça no processo contínuo de nascimento e morte, somente o processo de um momento dando início ao outro.



A forma em que uma pessoa renasce, como animal ou ser humano, depende da lei ética do carma impessoal. Pode-se escapar desse processo alcançando-se o nirvana ou esclarecimento.



Nirvana

O Nirvana pode ser alcançado seguindo o caminho de oito princípios:



1 - Compreensão correta do estilo budista de vida.

2 - Pensamento correto. O budista deve substituir a malícia e os pensamentos odiosos através de um estado mental de paz e boa vontade.

3 - Palavra correta (prática da comunicação generosa, prestativa e verdadeira).

4 - Ações corretas (viver de maneira honesta e assumir responsabilidade das próprias ações).

5 - Modo de vida correto (um budista não pode ter uma ocupação que seja prejudicial a outras pessoas).

6 - Esforço correto (se esforçar para vencer motivações que não sejam saudáveis e cultivar as saudáveis).

7 - Atenção correta (considerar todas as coisas com cuidado, falar e pensar com atenção).

8 - Meditação correta (concentração profunda na maneira de se atingir os objetivos dos ensinamentos de Buda).

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Estude o Budismo

A Prática como um Processo




Por



Ajaan Pasanno



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Um assunto que poderia ser levantado para discussão diz respeito às realizações ou progresso na prática. É algo com que todos nós nos preocupamos: falamos sobre isso e acabamos envolvidos nisso de vários modos. Essa é a atitude que temos em relação ao nosso progresso na prática. Estamos avançando? Não estamos retrocedendo? Estamos piorando na prática, ou ...? Como medimos a nossa prática?



Gastamos um bom tempo medindo a nossa prática nos comparando com outras pessoas. Vocês sabem: eles estão mais avançados do que nós estamos? Estamos menos avançados? Ficamos dando voltas com essa idéia de tentar medir o progresso ou crescimento na prática. É algo que precisamos investigar e vigiar porque podemos cair em extremos e acabar enredados tentando decidir o que é o progresso; e depois ir para um outro extremo ao dizer que na verdade não deveríamos pensar em termos de progresso e que nós não deveríamos sequer nos preocupar em considerar o que é o progresso.



Essa foi uma das coisas que me dei conta quando viajei pelos Estados Unidos, ao ler um artigo sobre a prática Budista, descobri que cada vez há menos ênfase na iluminação. As pessoas não querem mais falar sobre a iluminação porque é atemorizante pensar na prática levando em conta a iluminação; porque isso parece tão distante e remoto, significando que as pessoas estão tomando um padrão mais mundano para decidir o que a prática deveria ser. Eu penso que muito disso está relacionado com os extremos que adotamos ao tentar medir o progresso ou ao evitar medí-lo. Daí a confusão sobre o que é a prática e como nos relacionarmos com ela; ou o que devemos considerar ser crescimento e amadurecimento na prática. Então, eu gostaria de oferecer algumas reflexões sobre o que o Buda deu como padrões de crescimento no Dhamma, crescimento na prática e maturidade na prática.



Há um conjunto de quatro dhammas dos quais não se fala muito. Eles são chamados os quatro dhammas que conduzem ao crescimento e à maturidade. O primeiro é estar em contato com uma pessoa sábia, sappurisa sasevana – o simples contato com alguém que seja sábio. O segundo é ouvir o Dhamma, ouvir os ensinamentos, sadhamma savanaa. O terceiro é a reflexão com sabedoria, a sábia consideração, yoniso manasikaara. E por último, Dhammanupata patipattaa, praticar o Dhamma de acordo com o Dhamma. Esse é o padrão de referência para avaliar o crescimento.



Uma das coisas que fazemos é tender a medir o progresso em relação às nossas experiências. Temos algum tipo de experiência e pensamos “Isto é ...” e depois avaliamos isso e dizemos, “Isso quer dizer que de alguma forma estou progredindo.” E depois temos algum outro tipo de experiência e dizemos, “Bem, isso deve significar que estou regredindo.” Nós não olhamos para as coisas como um processo. Tendemos a isolar os incidentes, isolar as experiências; e depois medi-las, avaliá-las, e ficar felizes ou tristes por causa delas. Os ensinamentos do Buda estão mais relacionados com os processos. Como nos envolvemos no processo de amadurecimento? Como entramos no processo de crescimento e progresso na nossa prática, ao invés de nos agarrarmos a alguma experiência ou mesmo de tentarmos criar alguma experiência, de modo que possamos dizer, “Ah, certo, definitivamente devo estar progredindo, devo estar crescendo.”



É necessário interessar-se por esse processo. É algo cíclico, algo que não acontece numa progressão linear. Como podemos observar, em relação a ter contato com uma pessoa sábia, ouvir o Dhamma, reflexão com sabedoria, praticar o Dhamma de acordo com o Dhamma, essas são coisas que giram uma em torno da outra o tempo todo. Não estamos tomando uma progressão linear e indo do ponto A ao ponto B. É um processo que está em operação o tempo todo no nível externo e no nível interno, porque a pessoa sábia que deveríamos ter contato é também a pessoa sábia que está dentro de nós.



No nível externo precisamos contar com professores, com pessoas que dêem o exemplo, assim precisamos buscar um professor, buscar alguém que seja um bom exemplo. E mesmo se estivermos vivendo num monastério, praticando em conjunto, nós também buscamos o professor, buscamos as pessoas que servem como exemplo. Nesse aspecto o apoio mútuo é muito importante. Não signfica que se você estiver no começo da fila você é um professor ou você é chamado de uma pessoa sábia. Para cada um de nós, é nossa responsabilidade dar o exemplo para os outros, e, à medida que vivemos em comunidade, tentar apoiar uns aos outros na prática. Assim, buscar um ao outro é buscar aqueles que nos podem encorajar e que nos podem orientar.



Do mesmo modo em relação a ouvir os ensinamentos, se for sob a forma de um discurso formal ou ouvindo fitas, ou cds, ou lendo livros, qualquer que seja a forma pela qual recebamos, reflitamos e contemplemos os ensinamentos, ela favorecerá o crescimento. A nossa prática é nutrida através do contato com ensinamentos que sejam retos e de acordo com a verdade, sadhamma sevan. Sadhamma é o ‘bom Dhamma' que estivermos ouvindo, os bons ensinamentos – ensinamentos que estão de acordo com a Verdade. Investigando, ouvindo, escutando: escutar o Dhamma é uma das condições para o surgimento do entendimento correto. Se não ouvirmos os ensinamentos ou não tivermos contato com os ensinamentos que são retos e íntegros, é difícil que o entendimento correto surja. Só se você for um Buda perfeitamente iluminado ou um paccekabuddha, senão, será difícil. Precisamos ouvir, precisamos prestar atenção, precisamos ter contato com os ensinamentos. E se não estivermos ouvindo, não prestarmos atenção, então, é claro, mesmo se os ensinamentos estiverem sendo dados, eles não serão absorvidos, não encontrarão o seu lugar no coração. Portanto, abram os ouvidos para os ensinamentos.



Reflexão com sabedoria é usar a capacidade de investigação para reconhecer de modo claro como é que as coisas funcionam. Como empregamos o nosso processo de pensamento? Isso é algo que nós temos: definitivamente temos habilidade para pensar. Algumas vezes a qualidade yoniso - considerar cuidadosamente, refletir com habilidade - não é tão exercida quanto deveria. Lembro de um artigo que li (alguém escreveu um livro a respeito disso; o título do livro está baseado no artigo): numa pequena cidade, foi reportado um incêndio no andar superior de uma casa. A fumaça estava saindo pelas janelas e foram chamados os bombeiros. Eles foram até a casa, arrombaram a porta, subiram as escadas e descobriram que a cama estava pegando fogo, soltando fumaça e que havia alguém deitado na cama. Assim eles salvaram aquela pessoa e apagaram o incêndio. Depois do fogo ter sido apagado e o perigo terminado, eles perguntaram para a pessoa que estava na cama como o fogo havia começado. E a pessoa disse, “Eu não sei, já estava queimando quando deitei.” Que é uma clara falta de yoniso! Nós damos risada disso mas, quantas vezes nós mesmos não fizemos coisas realmente imbecis? E o tipo de sofrimento em que nos metemos, a confusão e o caos que criamos nas nossas vidas, deveriam fazer soar todos os tipos de alarme! Mas nós os ignoramos e seguimos em frente e metemos a nossa cabeça nessa parede de sofrimento. Portanto, com yoniso, consideração cuidadosa, podemos olhar para o que é que está criando o sofrimento. Essa é a nossa diretriz para a prática.



O Buda, de um modo bastante brilhante, empregou o sofrimento como a base dos seus ensinamentos. O que está criando sofrimento? Qual é o meio para escapar do sofrimento? Qual é a causa do sofrimento? Nós precisamos ter habilidade para refletir e considerar.



Existem vários e distintos modos para investigar isso: investigar a experiência do sofrimento; como ele é causado; de onde ele vem; em torno do que ele gira. Podemos também refletir simplesmente sobre a natureza da nossa experiência, quais coisas são prazerosas, quais são sofrimento. Qual é o meio de escapar das duas? Porque a nossa tendência natural é ir em busca do prazeroso e tentar evitar aquilo que causa sofrimento. Mas talvez essa não seja a saída. Precisamos ter habilidade para algumas vezes refletir e contemplar as coisas que nos dão prazer: elas podem proporcionar um prazer passageiro, mas intrinsicamente elas nos levam a mais sofrimento. Algumas coisas que são sofrimento não são necessariamente só sofrimento; pode haver algo benéfico nelas. Assim, precisamos ter a capacidade para investigar as nossas experiências também. Algumas coisas que também parecem prazerosas são de fato prazerosas e devem ser cultivadas.



Embora o Buda tenha usado o sofrimento como a base ou fundamento dos seus ensinamentos, também é hábil reconhecer que o caminho que seguimos, o caminho da prática, conduz a algo que é considerado felicidade e é prazeroso: o prazer ou bem-estar de manter os nossos preceitos; o prazer ou bem-estar da contenção; o prazer ou bem-estar da boa vontade e compaixão; o prazer ou bem-estar da mente em paz. Essas são coisas que precisamos cultivar, desenvolver. Precisamos entender o seu uso, ou função, e como fazer para que elas cresçam. Mas também temos de reconhecer a cobiça pelos prazeres dos sentidos que conduz a frustrações e assim a mais sofrimento. Do mesmo modo, o sofrimento é visto de duas formas: o sofrimento que conduz a mais sofrimento e o sofrimento que conduz ao fim do sofrimento. Podemos observar, quando estamos sofrendo com alguma aversão ou raiva, que isso é desagradável no momento presente e conduz a mais sofrimento.



Enquanto que com algo como o sofrimento de ter que agüentar alguma coisa, o sofrimento do treinamento, por exemplo, o sofrimento de ter que ficar sentado quieto e observar a respiração: há um elemento de sofrimento nisso, porém há também algo que conduz a uma sensação de bem-estar, à estabilidade, à tranqüilidade. Então é importante ser capaz de investigar, de considerar cuidadosamente as nossas experiências. A nossa tendência, como eu disse, é sempre considerar tudo como branco ou preto: “Isso é prazeroso, eu quero isso.” - “Isso é sofrimento, quero sair fora disso, quero evitar isso.” Enquanto que se olharmos para as coisas como um processo, veremos que há uma causa para que alguma outra coisa surja. Nós estaremos, deste modo, vendo as coisas sob uma outra pespectiva, nos relacionando com elas de uma forma diferente. Assim, a nossa consideração, a nossa reflexão, será um suporte para o nosso crescimento na prática. Temos que considerar: qual é a saída? Qual é o caminho para a paz? Qual é a direção para a liberdade, para a libertação?



Com relação à prática do Dhamma de acordo com o Dhamma, há uma história na tradição Cristã. Durante a construção da grande catedral em Chartres, havia muita excitação pelo grande monumento que estava sendo construído. É claro que demoraram várias gerações para terminar a construção e praticamente toda a Europa tomou conhecimento da grande catedral que estava sendo construída. Numa ocasião, um peregrino italiano chegou em Chartres para prestar as suas homenagens e ver a catedral em construção. Chegando no final da tarde, entrando na cidade e olhando à sua volta, ele viu pessoas empacotando coisas e fazendo isso e aquilo, fazendo limpeza, e ele também viu um homem todo coberto com lascas de madeira e lhe perguntou, “O que você está fazendo aqui?” - “Eu sou um carpinteiro, estou fazendo portas e janelas. Eu sou reponsável por todo serviço de marcenaria aqui.” Então ele viu uma outra pessoa, toda suja e desleixada, coberta com poeira e novamente perguntou, “O que você está fazendo aqui?” - “Eu faço o trabalho em pedra, esculpindo as pedras para a construção.” E depois ele viu uma outra pessoa, coberta com várias cores e brilhando com pequenas lascas de vidro e perguntou, “O que você está fazendo aqui?” - “Eu trabalho com o vidro, estou fazendo esses vitrais.” Depois ele viu uma velhinha que estava fazendo limpeza e varrendo ao final do dia e perguntou, “O que você está fazendo aqui?” Ela pára e olha para cima, olha ao redor e para a catedral com um olhar de veneração e diz “Eu estou aqui ajudando a construir essa grande catedral para a glória de Deus.” Essa é uma perspectiva diferente. Esse é o sentido de ver o que é a prática, ver o que significa quando dizem, “praticar o Dhamma de acordo com o Dhamma.” Você tem de ter uma visão de para o que você está indo, uma visão da razão pela qual você está praticando. Você tem de ter a visão de qual é o propósito. E isso é o que constitui a nossa prática. A prática que estamos realizando é o que está indo nessa direção.



Se nós não tivermos uma visão daquilo que estamos fazendo, uma noção clara daquilo para o que estamos indo, e se tentarmos alçar as nossas mentes nessa direção, ficaremos presos nos nossos pequenos dramas do “eu” praticando o Dhamma e as “minhas” dificuldades e o “meu” sofrimento em vista disso. Ou acabaremos como simpáticos “mongezinhos” Vinaya, que obedecem todas as regras e assumem que esse é o caminho, ou tentando fazer a nossa meditação afundar ... essas coisas fazem parte do caminho. Precisamos aprender como manter os preceitos, precisamos aprender como agir com contenção de acordo com uma disciplina, sila. Mas também temos de ver qual é o propósito, em que direção estamos indo, como com a construção da catedral: aprisionados nas suas tarefas específicas, eles não entenderam o principal e deixaram de desfrutar da alegria da catedral à sua volta. Assim, na nossa prática também, nós temos de ter uma noção do que é a nossa prática, o que estamos fazendo, para compreendê-la com clareza. Mas aí, qual é a direção que estamos seguindo? Temos de estar sempre levantando a cabeça nessa direção.



Nosso sila é para alçar a mente para além da tendência do descontrole, para que ela se estabeleça no sentido de desejar fazer a coisa certa, que está de acordo com a verdade. E a meditação não é só habilidade de manter a mente na respiração. É ser capaz de desenvolver uma atenção plena e uma claridade que seja capaz de permanecer com o objeto de meditação, mas que possa também ver qual é a sua natureza. Porque a mente se curva às nossas próprias sensações, percepções e pensamentos? Porque seguimos tomando isso como ‘eu’? Se não tivermos essa noção de erguer a mente para além da simples atenção plena ou de um estado de concentração, ficaremos atolados e não experimentaremos a libertação da mente, não experimentaremos a cessação do sofrimento. O mesmo com relação aos ensinamentos do Buda ou os ensinamentos sobre a sabedoria: eles não são só para serem memorizados ou copiados nos nossos livros de anotações e consultados quando nós precisamos deles. Eles são para serem interiorizados e reconhecidos. Para que eles servem? Eles servem para cortar as nossas delusões, para cortar os nossos apegos. Então temos de mantê-los sempre presentes.



Um modo de ver a nossa prática do Dhamma é seguir na direção de um objetivo: tem de ir na direção de alguma coisa. Outro aspecto disso, penso eu, é colocar os “pequenos dhammas” nos “grandes dhammas.” Quero dizer, sermos ordenados. Dhammaanupatipadaa: anu são as pequenas coisas que vão na direção dos grandes dhammas. Portanto, a nossa prática é uma prática progressiva, é um processo. Temos de aprender como ajuntar as coisas. E também como regressar. Algumas vezes temos dificuldades na prática, algumas vezes surgem dúvidas. Temos de aprender como regressar ao princípio. Aprender como começar de novo. Ir ao princípio e fazer aquilo que é o básico e depois evoluir a partir disso para que a nossa prática seja um tipo de crescimento constante. Nosso progresso então acontece por conta própria. Nós também temos que nutrí-lo, tomar conta do processo. Isso é o que precisamos aprender: como prestar atenção na prática e como desenvolver a nossa prática. A nossa maturidade vem disso. Há uma tendência de criar algum tipo de experiência e depois agarrar-se a essa experiência – tentar ter uma experiência mais clara do “Isso é que é o Dhamma,” “Isso é o que é a prática,” ou “Isso é o que é a paz.” Penso que isso é um grande obstáculo que sempre enfrentamos. Temos de aprender a dar atenção ao processo que envolve o cuidar das coisas que suportam o Dhamma – aí ele cresce a partir disso.



Isso é o que Ajahn Chah enfatizava constantemente com relação à prática. Nós o procurávamos e perguntávamos todo tipo de coisas, “Dê-nos um método, diga o caminho.” E ele freqüentemente nos dizia, não é só espremer alguma experiência da mente. É como plantar uma árvore: você não a planta na terra e depois força o seu crescimento. Você tem de preparar o solo, colocar a semente na terra, fertilizar a terra, tem de aguar a planta, cuidar dela ... e depois a árvore cresce por si mesma. E a árvore irá crescer de acordo com a sua própria natureza, e dará os frutos de acordo com a sua própria natureza. Não é nossa tarefa tentar estabelecer ou forçar para que a árvore cresça mais rápido, ou que dê frutos de um jeito especial de acordo com o que pensamos. Aprender como cuidar da mente é semelhante ao aprendizado de como cuidar de uma árvore.



Ofereço estas palavras para a sua reflexão.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tibet & Nepal

Meditação, caminho para se conhecer - Monja Coen

O presente da paciência - Monja Coen

NAMASTE

Como Meditar








Meditação – Dicas para Praticar a Meditação
Pratique a meditação para se livrar do estresse.

Meditar!

Para algumas pessoas meditar significa refletir sobre um determinado assunto. No oriente, meditar é totalmente diferente. Significa entrar em um estado de consciência onde se torna mais fácil compreender a si mesmo.
Um mestre indiano nos explica, mais ou menos, como funciona a meditação:
“Nós conhecemos o mundo exterior de sensações e ações, mas do nosso mundo interior de pensamentos e sentimentos, nós conhecemos muito pouco. O objetivo primário da meditação é que nos tornemos conscientes e que nos familiarizemos com a nossa vida interior. O objetivo final é alcançar a fonte da vida e da consciência.”
Através da meditação nós podemos entrar em contato com o nosso “EU” e compreender aquilo que sentimos, descobrir porque agimos em determinadas situações, porque fugimos daquilo que mais queremos, porque respondemos uma coisa quando, na verdade, queremos dizer outra totalmente o contrário.
A realidade é que boa parte dessa confusão é criada pela mente. Ela é um instrumento de nossa consciência e contém tudo aquilo que pensamos, nossa memória e o lado racional.
Por isso, para nossos leitores, poderem compreender um pouco mais de “si”, daremos algumas dicas de como praticar a meditação.
Embora a prática da meditação seja simples, exige muita disciplina e regularidade.
Dicas para uma prática perfeita de meditação:

1 – Procure um lugar calmo onde você possa sentar-se de maneira confortável e com a coluna ereta, pode ser em uma cadeira ou no chão, mas sempre com as pernas cruzadas. Use roupas leves, que não apertem e o deixe confortável.
2 – Acender um incenso ou colocar uma música calma também ajuda a criar um clima de tranquilidade, mas depois de algum tempo pode ser que você prefira dispensá-los.
3 – Evite praticar quando você estiver com sono ou muito cansado. Isso pode se tornar uma frustração por você não conseguir se concentrar, e pode desanimá-lo em sua meditação diária.
4 – Comece com apenas 10 minutos diários. Coloque um relógio para despertar depois desse tempo, dessa forma sua mente não poderá sabotá-lo, fazendo-o pensar que já se passaram muito mais tempo do que parece.
5 – Não se mova durante esse tempo. O corpo é como se fosse uma garrafa, e a mente a água dentro dela. Mover o recipiente faz com que a água se mova. E o que você quer, nesse momento, é que sua mente permaneça quieta e imóvel.
6 – A atenção deve estar voltada para o objeto da meditação, pode ser a respiração, um símbolo, sem que isso necessite de grandes esforços. Caso você se desperte, recomece sua concentração, suavemente olhando para o objeto escolhido.
7 – não importa o que aconteça, estará bem. Se houver um monte de pensamentos desfilando em sua cabeça, se você sentir vontade de chorar ou de rir, se achar que nunca irá conseguir se concentrar, tudo bem. Apenas continue sentado, e sempre que possível, volte a sua atenção para o objeto escolhido.

Escolha o seu “cantinho”, e boa meditação

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Conhecendo o Budismo

História do Budismo




Aos 29 anos, resolveu sair de casa, e chocado com a doença, com a velhice e a com morte, partiu em busca de uma resposta para o sofrimento humano. Juntou-se a um grupo de ascetas e passou seis anos jejuando e meditando. Durante muitos dias, sua única refeição era um grão de arroz por dia. Após esse período, cansado dos ensinos do Hinduísmo e sem encontrar as respostas que procurava, separou-se do grupo. Depois de sete dias sentado debaixo de uma figueira, diz ele ter conseguido a iluminação, a revelação das Quatro Verdades. Ao relatar sua experiência, seus cinco amigos o denominaram de Buda (iluminado, em sânscrito) e assim passou a pregar sua doutrina pela Índia. Todos aqueles que estavam desilusionados pela crença hindu, principalmente os da casta baixa, deram ouvido a esta nova faceta de Satanás. Como todos os outros fundadores religiosos, Buda foi deificado pelos seus discípulos, após sua morte com 80 anos.

como atingir o estado de buda

Como atingir o Estado de Buda




Escrito por Jornal Brasil Seikyo 1978

Na Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo, consta num trecho do Sutra de Lótus: “Um buda é aquele que serviu a centenas, a milhares, a dezenas de milhares, a incontáveis budas e executou um número incalculável de práticas religiosas”.



De acordo com essa descrição, um buda serviu e praticou sob orientação de um número incalculável de budas por um tempo inimaginavelmente longo. Essa prática contínua, repetindo o ciclo de nascimento e morte por muitas existências, tornou-se a causa para sua iluminação. Isso é denominado “prática para a iluminação por um período de incontáveis kalpas”.



No entanto, precisamos ter em mente que é apenas uma referência à causa (prática budista para evidenciar a natureza de Buda) e ao efeito (atingir o estado de Buda) descritos no ensino teórico do Sutra de Lótus.



O segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, explicou que, do ponto de vista do Budismo Nitiren, é desnecessário engajarmo-nos nesse tipo de prática por incontáveis kalpas para atingir a iluminação: “Do ponto de vista dos ensinos de Nitiren Daishonin, o Buda (o Gohonzon) de Nam-myoho-rengue-kyo, é a Lei fundamental que dá surgimento a cem, a mil, a dez mil ou a um milhão de budas. Portanto, ao recitarmos simplesmente o Nam-myoho-rengue-kyo obtemos mais benefícios do que conseguiríamos servindo pessoalmente a muitos budas por meio de árduas austeridades. O benefício desta única prática equivale ao de um número incalculável de austeridades realizadas por todos os budas”. (PHJ, pág. 66.)



Ou seja, a Lei fundamental que possibilita a todos os budas atingirem a iluminação não se refere às várias austeridades praticadas por incontáveis kalpas, mas, sim, àquela para a qual eles despertaram — a Lei fundamental do Nam-myoho-rengue-kyo. A prática budista dos Últimos Dias da Lei é a de abraçar e manter essa Lei. Dessa forma, no Budismo de Daishonin não é necessário engajar-se em austeridades por incontáveis kalpas para atingir o estado de Buda.



Nitiren Daishonin declara em “O Verdadeiro objeto de devoção” que “Tanto as práticas como as virtudes resultantes que o Buda Sakyamuni alcançou estão todas contidas em uma única frase, Myoho-rengue-kyo. Se acreditamos nisso, naturalmente teremos garantidos os mesmos benefícios que ele teve”. (END, vol. 1, pág. 72.) As práticas para se atingir o estado de Buda conduzidas por Sakyamuni e por todos os budas das dez direções pelas três existências e as virtudes que adquiriram como resultado estão todas contidas no Nam-myoho-rengue-kyo. Portanto, ao abraçarmos os cinco caracteres da Lei Mística, que contém o benefício das práticas e virtudes de Sakyamuni e de todos os budas, atingiremos consequentemente o estado de Buda. Esse é o princípio de “abraçar o Gohonzon é a própria iluminação” (juji soku kanjin, em japonês). É também chamado “atingir o estado de Buda na presente forma” (sokushin jobutsu) e “realização imediata da iluminação” (jikitatsu shokan).



Nitiren afirma que, para uma pessoa que abraça a Lei Mística, “não é difícil tornar-se Buda” (END, vol. 4, pág. 285.) Com o ensino de Daishonin, um caminho condutor ao estado de Buda foi estabelecido para todos. Atingir o estado de Buda não é algo que só acontece no futuro distante ou em algum lugar remoto. O Budismo Nitiren possibilita a todos atingir o estado de Buda nesta existência.



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sábado, 1 de maio de 2010

Dalai Lama explica

Budismo no ocidente




Dalai Lama

As pessoas às vezes me perguntam se o budismo — um ensinamento ancestral que vem do Oriente — é adequado ou não para ocidentais. Minha resposta é que todas as religiões lidam basicamente com problemas humanos. Já que seres humanos — tanto faz se do norte, sul, leste ou oeste; brancos, negros, amarelos ou vermelhos — têm os sofrimentos do nascimento, envelhecimento, doença e morte, todos são iguais nesse ponto.



Como esses sofrimentos humanos básicos estão aí, já que o ensinamento essencial se volta para esse sofrimento, não há muita dúvida se isso seria adequado ou não.



Mas ainda há a questão sobre a disposição mental de cada indivíduo. Algumas pessoas gostam mais de uma comida; outras acham outra mais adequada. De modo similar, para alguns indivíduos determinada religião traz mais benefício, sendo que em outros casos é alguma outra que traz mais benefício.



Nessas circunstâncias, a variedade de ensinamentos encontrada na sociedade humana é necessária e útil, e entre ocidentais não há dúvida que há pessoas que consideram o budismo adequado para suas exigências.



[...] A essência dos ensinamentos budistas não muda; onde quer que vá ela é adequada; contudo, os aspectos superficiais — certos rituais e cerimônias — não são necessariamente adequados para um novo ambiente; essas coisas irão mudar. [...] Em todo caso, esta geração — a geração de vocês, que está iniciando essa nova ideia em novos países — tem a grande responsabilidade de pegar a essência e ajustá-la ao seu próprio ambiente.



Dalai Lama (Tibete, 1935 ~)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O que é o budismo

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O Budismo é uma filosofia de vida baseada integralmente nos profundos ensinamentos do Buda para todos os seres, que revela a verdadeira face da vida e do universo.



Quando pregava, o Buda não pretendia converter as pessoas, mas iluminá-las. É uma religião de sabedoria, onde conhecimento e inteligência predominam. O Budismo trouxe paz interior, felicidade e harmonia a milhões de pessoas durante sua longa história de mais de 2.500 anos.



O Budismo é uma religião prática, devotada a condicionar a mente inserida em seu cotidiano, de maneira a leva-la à paz, serenidade, alegria, sabedoria e liberdade perfeitas. Por ser uma maneira de viver que extrai os mais altos benefícios da vida, é freqüentemente chamado de "Budismo Humanista".





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O Buda

O Budismo foi fundado na Índia, no séc. VI a.C., pelo Buda Shakyamuni. O Buda Shakyamuni nasceu ao norte da Índia (atualmente Nepal) como um rico príncipe chamado Sidarta.



Aos 29 anos de idade, ele teve quatro visões que transformaram sua vida. As três primeiras visões – o sofrimento devido ao envelhecimento, doenças e morte – mostraram-lhe a natureza inexorável da vida e as aflições universais da humanidade. A quarta visão — um eremita com um semblante sereno – revelou-lhe o meio de alcançar paz. Compreendendo a insignificância dos prazeres sensuais, ele deixou sua família e toda sua fortuna em busca de verdade e paz eterna. Sua busca pela paz era mais por compaixão pelo sofrimento alheio do que pelo seu próprio, já que não havia tido tal experiência. Ele não abandonou sua vida mundana na velhice, mas no alvorecer de sua maturidade; não na pobreza, mas em plena fartura.



Depois de seis anos de ascetismo, ele compreendeu que se deveria praticar o "Caminho do Meio", evitando o extremo da auto-mortificação, que só enfraquece o intelecto, e o extremo da auto-indulgência, que retarda o progresso moral. Aos 35 anos de idade (aproximadamente 525 a.C.), sentado sob uma árvore Bodhi, em uma noite de lua cheia, ele, de repente, experimentou extraordinária sabedoria, compreendendo a verdade suprema do universo e alcançando profunda visão dos caminhos da vida humana. Os budistas chamam essa compreensão de "iluminação". A partir de então, ele passou a ser chamado de Buda Shakyamuni (Shakyamuni significa "Sábio do clã dos Shakya"). A palavra Buda pode ser traduzida como: "aquele que é plenamente desperto e iluminado".





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A fundação do budismo

O Buda não era um deus. Ele foi um ser humano que alcançou a iluminação por meio de sua própria prática. De maneira a compartilhar os benefícios de seu despertar, o Buda viajou por toda a Índia com seus discípulos, ensinando e divulgando seus princípios às pessoas, por mais de 45 anos, até sua morte, aos 80 anos de idade. De fato, ele era a própria encarnação de todas as virtudes que pregava, traduzindo em ações, suas palavras.



O Buda formou uma das primeiras ordens monásticas do mundo, conhecida como Sangha. Seus seguidores tinham as mais variadas características, e ele os ensinava de acordo com suas habilidades para o crescimento espiritual. Ele não exigia crença cega; ao contrário, adotava o "venha e experimente você mesmo", atitude que ganhou os corações de milhares. Sua, era a senda da autoconfiança, que requeria esforço pessoal inabalável.



Após a morte de Shakyamuni, foi realizado o Primeiro Concílio Budista, que reuniu 500 membros, a fim de coletar e organizar os ensinamentos do Buda, os quais são chamados de Dharma. Este se tornou o único guia e fonte de inspiração da Sangha. Seus discursos são chamados de Sutras. Foi no Segundo Concílio Budista em Vaishali, realizado algumas centenas de anos após a morte do Buda, que as duas grandes tradições, hoje conhecidas como Theravada e Mahayana, começaram a se formar. Os Theravadins seguem o Cânone Páli, enquanto os Mahayanistas seguem os sutras que foram escritos em sânscrito.





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Budismo chinês

Os ensinamentos do Buda foram transmitidos pela primeira vez, fora da Índia, no Sri Lanka, durante o reinado do Rei Ashoka (272 – 232 a.C.). Na China, a história registra que dois missionários budistas da Índia chegaram na corte do Imperador Ming no ano 68 d.C. e lá permaneceram para traduzir textos budistas. Durante a Dinastia Tang (602 – 664 d.C.), um monge chinês, Hsuan Tsang, cruzou o Deserto Ghobi até a Índia, onde reuniu e pesquisou sutras budistas. Ele retornou à China dezessete anos depois com grandes volumes de textos budistas e a partir de então passou muitos anos traduzindo-os para o chinês.



Finalmente, a fé budista se espalhou por toda a Ásia. Ironicamente, o Budismo praticamente se extinguiu na Índia em, aproximadamente, 1300 d.C. Os chineses introduziram o budismo no Japão. A tolerância, o pacifismo e a equanimidade promovidos pelo Budismo influenciaram significativamente a cultura asiática. Mais recentemente, muitos países ocidentais têm demonstrado considerável interesse pelas religiões orientais e centenas de milhares de pessoas vêm adotando os princípios do Budismo.





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Ensinamentos do Buda

O Buda foi um grande professor. Ele ensinou que todos os seres vivos possuem Natureza Búdica idêntica e são capazes de atingir a iluminação através da prática. Se todos os seres vivos têm o potencial de tornar-se iluminados, são todos, portanto, possíveis futuros Budas. Apesar de haver diferentes práticas entre as várias escolas budistas, todas elas abraçam a essência dos ideais do Buda.





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Karma e a Lei de Causa e Efeito

Uma pessoa é uma combinação de matéria e mente. O corpo pode ser encarado como uma combinação de quatro componentes: terra, água, calor e ar; a mente é a combinação de sensação, percepção, idéia e consciência. O corpo físico — na verdade, toda a matéria na natureza – está sujeito ao ciclo de formação, duração, deterioração e cessação.



O Buda ensinou que a interpretação da vida através de nossos seis sensores (olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente) não é mais do que ilusão. Quando duas pessoas experimentam um mesmo acontecimento, a interpretação de uma, pode levar à tristeza, enquanto a da outra, pode levar à felicidade. É o apego às sensações, derivadas desses seis sentidos, que resulta em desejo e ligação passional, vida após vida.



O Buda ensinou que todos os seres sencientes estão em um ciclo contínuo de vida, morte e renascimento, por um número ilimitado de vidas, até que finalmente alcancem a iluminação. Os budistas acreditam que os nascimentos das pessoas estão associados à consciência proveniente das memórias e do karma de suas vidas passadas. "Karma" é uma palavra em sânscrito que significa "ação, trabalho ou feito". Qualquer ação física, verbal ou mental, realizada com intenção, pode ser chamada de karma. Assim, boas atitudes podem produzir karma positivo, enquanto más atitudes podem resultar em karma negativo. A consciência do karma criado em vidas passadas nem sempre é possível; a alegria ou o sofrimento, o belo ou o feio, a sabedoria ou a ignorância, a riqueza ou a pobreza experimentados nesta vida são, no entanto, determinados pelo karma passado.



Neste ciclo contínuo de vida, seres renascem em várias formas de existência. Há seis tipos de existência: Devas (deuses), Asuras (semideuses), Humanos, Animais, Pretas (espíritos famintos) e Seres do Inferno. Cada um dos reinos está sujeito às dores do nascimento, da doença, do envelhecimento e da morte. O renascimento em formas superiores ou inferiores é determinado pelos bons ou maus atos, ou karma, que foi sendo produzido durante vidas anteriores. Essa é a lei de causa e efeito. Entender essa lei nos ajuda a cessar com todas nossas ações negativas.





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Nirvana

Através da prática diligente, do proporcionar compaixão e bondade amorosa a todos os seres vivos, do condicionamento da mente para evitar apegos e eliminar karma negativo, os budistas acreditam que finalmente alcançarão a iluminação. Quando isso ocorre, eles são capazes de sair do ciclo de morte e renascimento e ascender ao estado de nirvana. O nirvana não é um local físico, mas um estado de consciência suprema de perfeita felicidade e liberação. É o fim de todo retorno à reencarnação e seu compromisso com o sofrimento.





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O conceito de sofrimento

O Buda Shakyamuni ensinou que uma grande parcela do sofrimento em nossas vidas é auto-infligido, oriundo de nossos pensamentos e comportamento, os quais são influenciados pelas habilidades de nossos seis sentidos. Nossos desejos – por dinheiro, poder, fama e bens materiais – e nossas emoções – tais como, raiva, rancor e ciúme – são fontes de sofrimento causado por apego a essas sensações. Nossa sociedade tem enfatizado consideravelmente beleza física, riqueza material e status. Nossa obsessão com as aparências e com o que as outras pessoas pensam a nosso respeito são também fontes de sofrimento.



Portanto, o sofrimento está primariamente associado com as ações de nossa mente. É a ignorância que nos faz tender à avidez, à vontade doente e à ilusão. Como conseqüência, praticamos maus atos, causando diferentes combinações de sofrimento. O Budismo nos faz vislumbrar maneiras efetivas e possíveis de eliminar todo o nosso sofrimento e, mais importante, de alcançar a libertação do Ego do ciclo de nascimento, doença e morte.





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As quatro nobres verdades e o nobre caminho óctuplo

As Quatro Nobres Verdades foram compreendidas pelo Buda em sua iluminação. Para erradicar a ignorância, que é a fonte de todo o sofrimento, é necessário entender as Quatro Nobres Verdades, caminhar pelo Nobre Caminho Óctuplo e praticar as Seis Perfeições (Paramitas).



As Quatro Nobres Verdades são:



1. A Verdade do Sofrimento.



A vida está sujeita a todos os tipos de sofrimento, sendo os mais básicos nascimento, envelhecimento, doença e morte. Ninguém está isento deles.



2. A Verdade da Causa do Sofrimento.



A ignorância leva ao desejo e à ganância, que, inevitavelmente, resultam em sofrimento. A ganância produz renascimento, acompanhado de apego passional durante a vida, e é a ganância por prazer, fama ou posses materiais que causam grande insatisfação com a vida.



3. A Verdade da Cessação do Sofrimento.



A cessação do sofrimento advém da eliminação total da ignorância e do desapego à ganância e aos desejos, alcançando um estado de suprema bem-aventurança ou nirvana, onde todos os sofrimentos são extintos.



4. O Caminho que leva à Cessação do Sofrimento.



O caminho que leva à cessação do sofrimento é o Nobre Caminho Óctuplo.



O Nobre Caminho Óctuplo consiste de:



Compreensão Correta. Conhecer as Quatro Nobres Verdades de maneira a entender as coisas como elas realmente são.

Pensamento Correto. Desenvolver as nobres qualidades da bondade amorosa e da aversão a prejudicar os outros.

Palavra Correta. Abster-se de mentir, falar em vão, usar palavras ásperas ou caluniosas.

Ação Correta. Abster-se de matar, roubar e ter conduta sexual indevida.

Meio de Vida Correto. Evitar qualquer ocupação que prejudique os demais, tais como tráfico de drogas ou matança de animais.

Esforço Correto. Praticar autodisciplina para obter o controle da mente, de maneira a evitar estados de mente maléficos e desenvolver estados de mente sãos.

Plena Atenção Correta. Desenvolver completa consciência de todas as ações do corpo, fala e mente para evitar atos insanos.

Concentração Correta. Obter serenidade mental e sabedoria para compreender o significado integral das Quatro Nobres Verdades.

Aqueles que aceitam este Nobre Caminho como um estilo de vida viverão em perfeita paz, livres de desejos egoístas, rancor e crueldade. Estarão plenos do espírito de abnegação e bondade amorosa.





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As seis perfeições

As Quatro Nobres Verdades são o fundamento do Budismo e entender o seu significado é essencial para o autodesenvolvimento e alcance das Seis Perfeições, que nos farão atravessar o mar da imortalidade até o nirvana.



As Seis Perfeições consistem de:



Caridade. Inclui todas as formas de doar e compartilhar o Dharma.

Moralidade. Elimina todas as paixões maléficas através da prática dos preceitos de não matar, não roubar, não ter conduta sexual inadequada, não mentir, não usar tóxicos, não usar palavras ásperas ou caluniosas, não cobiçar, não praticar o ódio nem ter visões incorretas.



Paciência. Pratica a abstenção para prevenir o surgimento de raiva por causa de atos cometidos por pessoas ignorantes.



Perseverança. Desenvolve esforço vigoroso e persistente na prática do Dharma.



Meditação. Reduz a confusão da mente e leva à paz e à felicidade.



Sabedoria. Desenvolve o poder de discernir realidade e verdade.



A prática dessas virtudes ajuda a eliminar ganância, raiva, imoralidade, confusão mental, estupidez e visões incorretas. As Seis Perfeições e o Nobre Caminho Óctuplo nos ensinam a alcançar o estado no qual todas as ilusões são destruídas, para que a paz e a felicidade possam ser definitivamente conquistadas.





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Tornar-se um Buda

Ao desejar tornar-se budista, deve-se receber refúgio na Jóia Tríplice, como um comprometimento com a prática dos ensinamentos do Buda. A Jóia Tríplice consiste no Buda, no Dharma e na Sangha.



Budistas laicos podem também fazer voto de praticar cinco preceitos em suas vidas diárias. Os Cinco Preceitos são: não matar, não roubar, não ter conduta sexual inadequada, não mentir e não se intoxicar. O preceito de não matar se aplica principalmente a seres humanos, mas deve ser estendido a todos os seres sencientes. É por isso que a Sangha e muitos budistas devotos são vegetarianos. No entanto, não é preciso ser vegetariano para tornar-se budista. O quinto preceito – não se intoxicar – inclui abuso de drogas e álcool. O entendimento deste preceito é uma precaução, por não ser possível manter a plena atenção da consciência e comportamento apropriado quando se está drogado ou bêbado.



Os budistas são incentivados a manter estes preceitos e a praticar bondade amorosa e compaixão para com todos os seres. Os preceitos disciplinam o comportamento e ajudam a diferenciar entre certo e errado. Através do ato de disciplinar pensamento, ação e comportamento, pode-se evitar os estados de mente que destroem a paz interior. Quando um budista incidentalmente quebra um dos preceitos, ele não busca o perdão do pecado por parte de uma autoridade superior, como Deus ou um padre. Ao invés disso, se arrepende e analisa o porquê de ter quebrado o preceito. Confiando em sua sabedoria e determinação, modifica seu comportamento para prevenir a recorrência do mesmo erro. Ao fazer isso, o budista confia no esforço individual de auto-análise e auto-perfeição. Isto ajuda a restaurar paz e pureza de mente.



Muitos budistas montam um altar em um canto tranqüilo de suas casas para a recitação de mantras e a meditação diária. [Um mantra é uma seqüência de palavras que manifestam certas forças cósmicas, aspectos ou nomes dos budas. A repetição contínua de mantras é uma forma de meditação.] O uso de imagens budistas em locais de culto não deve ser visto como idolatria, mas como simbologia. Enfatiza-se o fato de que essas imagens em templos ou altares domésticos servem apenas para nos lembrar a todo momento das respectivas qualidades daquele que representam, o Iluminado, que nos ensinou o caminho da liberação. Fazer reverências e oferendas são manifestações de respeito e veneração aos Budas e Bodhisattvas.





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Meditação

A meditação é comumente praticada pelos budistas para obter felicidade interior e cultivar sabedoria, de forma a alcançar a purificação da mente e a libertação. É uma atividade de consciência mental.



A felicidade que obtemos do ambiente físico que nos envolve não nos satisfaz verdadeiramente nem nos liberta de nossos problemas. Dependência de coisas impermanentes e apego à felicidade do tipo "arco-íris" produz somente ilusão, seguida de pesar e desapontamento. Segundo o Budismo, existe felicidade verdadeira e duradoura e todos temos o potencial de experimentá-la. A verdadeira felicidade jaz nas profundezas de nossa mente, e os meios para acessá-la podem ser praticados por qualquer um. Se compararmos a mente ao oceano, pensamentos e sentimentos tais como alegria, irritação, fantasia e tédio poderiam ser comparados a ondas que se levantam e voltam a cair por sobre sua superfície. Assim como as ondas se amansam para revelar a quietude nas profundidades do oceano, também é possível acalmar a turbulência de nossas mentes e revelar pureza e claridade naturais. A meditação é um meio de alcançar isso.



Nossas ilusões, incluindo ciúmes, raiva, desejo e orgulho, originam-se da má compreensão da realidade e do apego habitual à nossa maneira de ver as coisas. Através da meditação, podemos reconhecer nossos erros e ajustar nossa mente para pensar e reagir de maneira mais realista e honesta. Esta transformação mental acontece gradualmente e nos liberta das falácias instintivas e habituais, nos permitindo adquirir familiaridade com a verdade. Podemos, então, finalmente, nos libertar de problemas como insatisfação, raiva e ansiedade. Finalmente, compreendendo a maneira como as coisas de fato funcionam, nos é possível eliminar completamente a própria fonte de todos os estados mentais incômodos.



Assim, meditação não significa simplesmente sentar-se em uma determinada postura ou respirar de uma determinada maneira; estes são apenas recursos para a concentração e o alcance de um estado de mente estável. Apesar de diferentes técnicas de meditação serem praticadas em diferentes culturas, todas elas partilham o princípio comum de cultivar a mente, de forma a não permitir que uma mente destreinada controle nosso comportamento.



A vida humana é preciosa e, no entanto, nós a conseguimos.

O Dharma é precioso e, no entanto, nós o ouvimos.

Se não nos cultivarmos nesta vida,

Quando teremos essa chance novamente?





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Características do budismo

Bodhisattva — Um ser iluminado que fez o voto de servir generosamente a todos os seres vivos com bondade amorosa e compaixão para aliviar sua dor e sofrimento e levá-los ao caminho da iluminação. Existem muitos Bodhisattvas, mas os mais populares no Budismo Chinês são os Bodhisattvas Avalokiteshvara, Kshitigarbha, Samantabhadra e Manjushri.



Bodhisattva Avalokiteshvara (Kuan Yin Pu Sa) — "Aquele que olha pelas lágrimas do mundo". Este Bodhisattva oferece sua grande compaixão para a salvação dos seres. Os muitos olhos e mãos representados em suas várias imagens simbolizam as diferentes maneiras pelas quais todos os seres são ajudados, de acordo com suas necessidades individuais. Originalmente representado por uma figura masculina, Avalokiteshvara é, hoje em dia, geralmente caracterizado, na China, como uma mulher.



Bodhisattva Kshitigarbha (Guardião do Mundo) — Sempre usando um cajado com seis anéis, ele possui poderes sobre o inferno. Ele fez o grande voto de salvar os seres que ali sofrem.



Curvar-se em reverência — Este ato significa humildade e respeito. Os budistas se curvam em respeito ao Buda e aos Bodhisattvas e, também, para recordar-se das qualidades virtuosas que cada um deles representa.



Buda — Este é muito mais do que um simples nome. A raiz Budh significa "estar ciente ou completamente consciente de". Um Buda é um ser totalmente iluminado.



Buda Shakyamuni (o fundador do Budismo) — Nasceu na Índia. Em busca da verdade, deixou sua casa e, disciplinando-se severamente, tornou-se um asceta. Finalmente, aos 35 anos, debaixo de uma árvore Bodhi, compreendeu que a maneira de libertar-se da cadeia de renascimento e morte era através de sabedoria e compaixão – o "caminho do meio". Fundou sua comunidade, a qual tornou-se conhecida como Budismo.



Buda Amitabha (Buda da Luz e Vida Infinitas) — É associado com a Terra Pura do Ocidente, onde recebe seres cultivados que chamam por seu nome.



Bhaishajya Guru (O Buda da Medicina) — Cura todos os males, inclusive o mal da ignorância.



Buda Maitreya (O Buda Feliz) — É o Buda do Futuro. Depois de Shakyamuni ter se iluminado, ele é aguardado como sendo o próximo Buda.



Instrumentos do Dharma — Estes instrumentos são encontrados nos templos budistas e são utilizados por monges durante as cerimônias. O "peixe" de madeira é normalmente colocado à esquerda do altar, o gongo, à direita e o tambor e o sino, também à direita, porém um pouco mais distantes.



Incenso — É oferecido com respeito. O incenso aromático purifica não só a atmosfera, mas também a mente. Assim como sua fragrância alcança longas distâncias, bons atos também se espalham em benefício de todos.



Flor de Lótus — Pelo fato de brotar e se desenvolver em águas lamacentas e turvas e, ainda assim, manifestar delicadeza e fragrância, a Flor de Lótus é o símbolo da pureza. Também significa tranqüilidade e uma vida distinta e sagrada.



Mudra – Os gestos das mãos que geralmente se vêem nas representações do Buda, são chamados de "mudras", os quais propiciam comunicação não-verbal. Cada mudra tem um significado específico. Por exemplo, as imagens do Buda Amitabha, normalmente, apresentam a mão direita erguida com o dedo indicador tocando o polegar e os outros três dedos estendidos para cima para simbolizar a busca da iluminação, enquanto a mão esquerda mostra um gesto similar, só que apontando para o chão, simbolizando a libertação de todos os seres sencientes. Nas imagens em que ele aparece sentado, ambas as mãos estão posicionadas à frente, abaixo da cintura, com as palmas voltadas para cima, uma contendo a outra, o que simboliza o estado de meditação. No entanto, se os dedos da mão direita estiverem apontando para baixo, isso simboliza o triunfo do Dharma sobre seres desencaminhados que relutam em aceitar o autêntico crescimento espiritual.



Oferendas — Oferendas são colocadas no altar budista pelos devotos. Fazer uma oferenda permite que reflitamos sobre a vida, confirmando as leis de reciprocidade e interdependência. Objetos concretos podem ser ofertados em abundância, no entanto, a mais perfeita oferenda é um coração honesto e sincero.



Suástica — Foi um símbolo auspicioso na Índia antiga, Pérsia e Grécia, simbolizando o sol, o relâmpago, o fogo e o fluxo da água. Este símbolo foi usado pelos budistas por mais de dois mil anos para representar a virtude, a bondade e a pureza do "insight" de Buda em relação ao alcance da iluminação. (Neste século, Hitler escolheu este símbolo para seu Terceiro Reich, mas inverteu sua direção, o denominou "Suástica" e o usou para simbolizar a superioridade da raça ariana.)



Fo Tzu (Pérolas de Buda) — Também conhecido como rosário budista. É um instrumento usado para controlar o número de vezes que se recita os nomes sagrados do Buda, dos Bodhisattvas ou para recitar mantras. Se usado com devoção no coração, ajuda-nos a limpar nossa mente ilusória, purifica nossos pensamentos e ainda resgata nossa original e imaculada Face Verdadeira. São constituídos de contas que podem ser de diferentes tipos: sementes de árvore Bodhi, âmbar, cristal, olho de tigre, ametista, coral, quartzo rosa, jade, entre outros.





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Perda e pesar

Que a vida não é livre de sofrimento, é um fato. Sofremos com o envelhecimento, com as doenças e com a morte. O sofrimento tem de ser tolerado pelos vivos e pelos mortos. O propósito supremo do ensinamento do Buda é fazer-nos compreender a causa do sofrimento e encontrar um meio correto de superá-lo.



O Buda nos disse em seus ensinamentos que toda matéria, vivente ou não-vivente, estava constantemente sujeita a mudanças cíclicas. As coisas não-viventes passam por mudanças de formação, duração, deterioração e desaparecimento, enquanto que as coisas viventes passam por nascimento, doença, envelhecimento e morte. Mudar a todo momento mostra a natureza impermanente de nosso próprio corpo, mente e vida. Esta impermanência que temos de enfrentar é inevitável.



O Buda enfatizou que a principal razão do sofrimento é nosso imenso apego a nosso corpo, que é sempre identificado como "eu". Todo sofrimento brota desse apego ao "eu". Para sermos mais exatos, é a "consciência" que se abriga temporariamente no corpo existente, o qual funciona somente como uma casa. Por isso, a concepção comum de que o "eu" é o corpo físico está equivocada. Ao invés disso, seu corpo atual é somente uma propriedade neste tempo de vida. Quando nossa casa fica muito velha, todos nós adoramos a idéia de mudar para uma nova casa. Quando nossa roupa está muito usada, ansiamos por comprar roupas novas. Na hora da morte, quando a "consciência" abandona o corpo, isso é simplesmente encarado como a troca de uma casa velha por uma nova.



A morte é meramente a separação de corpo e "consciência". A "consciência" continua, sem nascimento ou morte, e busca "abrigo" em um novo corpo. Se entendermos isso, não há razão para lamentações. Ao contrário, deveríamos ajudar os que estão à beira da morte a ter um nascimento positivo, ou, simbolicamente, mudar de casa.



No contexto acima, um relacionamento de família ou de amizade existe em "consciência" mais do que em um corpo físico. Não fiquemos tristes por um filho que estuda do outro lado do mundo, por sabermos que ele está distante. Se tivermos a compreensão correta da verdade da vida e do universo, encararmos a morte como o começo de uma nova vida, e não como um ponto final, sem esperança, poderemos perceber que nossos sentimentos de perda e pesar não passam de ilusões através das quais somos enganados. Lamentar a morte é o resultado da ignorância da verdade da vida e o apego a um corpo físico impermanente.





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Oito consciências

No Budismo, aquilo que normalmente chamamos de "alma" é, na verdade, uma integração das oito consciências. As consciências dos cinco sentidos — visão, audição, olfato, paladar e tato – mais a sexta, que é o sentido mental, que formula as idéias a partir das mensagens recebidas pelos cinco sentidos. A sétima é o centro do pensamento (manas) que pensa, deseja e raciocina. A oitava é a consciência ou, como também é chamada, o "armazém" (alaya).



Os primeiros seis sentidos não possuem inteligência fora de sua área de atuação; ao invés disso, eles são reportados a manas sem interpretações. Manas é como um general em seu quartel, juntando todas as informações enviadas, transferindo-as, arranjando-as, e devolvendo ordens aos seis sentidos. Ao mesmo tempo, manas está conectado com alaya. Alaya, o armazém, é o depósito onde as ações do karma são armazenadas desde o início dos tempos. Ações ou pensamentos praticados por uma pessoa são um tipo de energia espiritual, acrescentada a alaya por manas.



As ações armazenadas em alaya ali permanecem até que encontrem uma oportunidade favorável para manifestar-se. No entanto, alaya não pode agir por si mesmo, já que não possui nenhuma energia ativa. O agente discriminador, ou a vontade, é manas, o centro do pensamento, o qual pode agir sobre alaya para que ele desperte de seu estado dormente e seja responsável pelo nascimento de objetos individuais, sejam eles bons, maus ou neutros. Uma pessoa pode ter acumulado incontável karma, positivo ou negativo, em vidas passadas. No entanto, se ela não permitir que ele se manifeste, é como se ele não existisse. É como plantar sementes no solo. Se não houver condições adequadas para seu desenvolvimento, as sementes não brotarão. Assim, se plantarmos boas ações nesta vida, as ações de nosso karma negativo anterior não terá chance de se desenvolver nas atividades discriminadoras. Manas está sempre trabalhando em conjunção com a mente e os cinco sentidos; ele é responsável pelas conseqüências dos desejos, paixões, ignorância, crenças, etc. É absolutamente essencial manter manas funcionando corretamente, de forma a que ele interrompa a criação de karma negativo, e, ao invés disso, deposite boas ações em alaya. Isto é possível, já que manas não tem vontade cega, mas é inteligente e capaz de iluminação. Manas é o eixo ao redor do qual toda a disciplina budista se movimenta.



A morte é o processo de ter essas oito partes da consciência deixando o corpo em seqüência, sendo alaya o último. Isso leva cerca de oito horas para acontecer. Assim, o processo da morte não acaba quando a respiração cessa ou quando o coração para de bater, pois a consciência do ser que morre ainda vive. Quando a consciência deixa o corpo, essa, sim, é a hora real da morte.





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Os seis reinos

Apesar de a qualidade do renascimento ser determinada pelo acúmulo total de karma, o estado de mente da pessoa que está morrendo, no momento da morte, está, também, relacionado com seu próximo rumo na transmigração para um dos seis reinos da vida. Os seis reinos da vida incluem seres celestiais, semideuses, seres humanos e três reinos malignos: animais, espíritos famintos e seres infernais. Atitudes incômodas e impróprias por parte das pessoas ao seu redor, como lamentações ou movimentação do corpo, tendem a aumentar a dor e a agonia daquele que está morrendo, causando raiva e apego que, quase sempre, sugam a "consciência" emergente para os reinos malignos. Para ajudar a pessoa que está morrendo, não se deve incomodá-la antes da morte até, pelo menos, oito horas depois da parada da respiração; ao contrário, deve-se ajudá-la a manter a calma e uma mente pacífica, ou oferecer suporte com práticas espirituais tais como recitação de mantras.





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Funeral

A prática funeral budista é normalmente conduzida com solenidade. Não se estimula o luto. Um altar simples, com uma imagem do Buda, é montado. Há queima de incenso e oferenda de frutas e flores. Se a família assim o desejar, pode haver monges budistas ministrando bênçãos e recitando sutras e os vários nomes do Buda, juntamente com pessoas laicas. Estes procedimentos podem ser seguidos de um elogio à memória do morto. Certos rituais de luto, como vestir roupas brancas, caminhar com um cajado, lamuriar-se para expressar o grande efeito do seu pesar, queimar dinheiro, casas ou roupas feitas de papel para o morto, são, às vezes, considerados como sendo práticas budistas. Na verdade, esses são costumes tradicionais chineses.



A cremação é prática usual no Budismo – 2.500 anos atrás, o Buda disse a seus discípulos que cremassem seu corpo após a sua morte. No entanto, alguns budistas preferem velar seus mortos. A cremação pode ser escolhida, também, por questões de saúde ou de custo.



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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Entendendo os significados do budismo


.:: Glossário Buddhista::.


.:: A ::.

  • ABHIDHARMA PITAKA (sânsc.; pāli ABHIDHAMMA PITAKA) - compilação de ensinamentos sobre filosofia, psicologia e metafísica. Veja TRIPITAKA.

  • ABHIDHARMA-KOSHA (sânsc.) - texto do monge indiano VASUBANDHU (século V) sobre a escola SARVASTIVADA.

  • ABHISHEKA (sânsc.; tib. WANGKUR/ DBANG SKUR) - ordenação, iniciação.

  • ACHAAN, AJAHN - professor ou monge mais velho no buddhismo tailandês.

  • ACHARYA (sânsc.; jap. AJARI) - professor, mestre.

  • ADI-BUDDHA - veja SAMANTABHADRA.

  • AGAMA (sânsc.; pāli NIKĀYA) - coleção de escrituras buddhistas (SUTRA).

  • AGREGADO - veja SKANDHA.

  • AHIMSA (sânsc. e pāli) - não-violência.

  • AKSHOBHYA - um dos cinco DHYANI-BUDDHAS.

  • ALAYA-VIJNANA (sânsc.)- consciência armazém; conceito da escola YOGACHARA para definir uma consciência cósmica que armazena todos os fenômenos.

  • AMITABHA (sânsc.; chin. O-MI-TUO; jap. AMIDA; tib. ÖPAGMED/ 'OD DPAG MED) - um dos cinco DHYANI-BUDDDHAS, associado à TERRA PURA do oeste, Sukhavati.

  • ANAGARIKA (sânsc.) - monge sem casa.

  • ANANDA - primo do Buddha SHAKYAMUNI e um de seus principais discípulos.

  • ANAPANASATI (pāli) - meditação sobre a respiração.

  • ANATMAN (sânsc.; pāli ANATTA) - não-eu, não-ego, não-essência; ausência de qualquer indivíduo ou essência independente ou permanente. Veja TRILAKSHANA.

  • ANGUTTARA-NIKĀYA (pāli) - Coleção Numérica; uma das seções do SUTTA PITAKA.

  • ANITYA (sânsc.; pāli ANITTA; chin. WU-CH'ANG; jap. MUJÔ; tib. MI RTAG PA/ MITAGPA) - impermanência. Veja TRILAKSHANA.

  • ANTARABHAVA (sânsc.) - veja BARDO.

  • ANUTTARA-SAMYAK-SAMBODHI (sânsc.; jap. ANOKUTARA-SANMYAKU-SANBODAI) - iluminação insuperável, completa e perfeita.

  • ARHAT (sânsc.; pāli ARAHAT, chin. LO-HAN, jap. RAKAN; tib. DRACHOMPA/ DGRA BCOM PA) - ser perfeito, aquele que conseguiu superar o sofrimento do SAMSARA e alcançar o NIRVANA; o objetivo das escolas não-Mahayana. Pode ser ouvinte (SHRAVAKA) ou realizador solitário (PRATYEKA-BUDDHA).

  • ARYADEVA - monge indiano (século III), discípulo de NAGARJUNA; um dos fundadores da filosofia MADHYAMIKA.

  • ARYASATYA (sânsc.; pāli ARYASATTA) - veja QUATRO VERDADES NOBRES.

  • ASANGA - monge indiano (século IV), fundador da escola YOGACHARA, irmão de VASUBANDHU.

  • ASHOKA - rei indiano (século III) da dinastia Maurya, grande propagador do buddhismo.

  • ASHVAGHOSHA - poeta e filósofo MAHAYANA indiano (séculos I-II).

  • ASURA (sânsc. e pāli) - semi-deus, titã; um dos seis GATI.

  • ATISHA DIMPAMKARA SHRIJNANA (sânsc.; tib. JOWOJE/ JO BO RJE) - monge indiano que fundou a escola KADAM do buddhismo tibetano.

  • ATI-YOGA (sânsc.) - YOGA primordial, DZOGCHEN.

  • AVALOKITESHVARA (sânsc.; chin. KUAN-YIN, KUAN-HSI-YIN; jap. KANNON, KANZEON, KANJIZAI; tib. CHENREZIG/ SPYAN RAS GZIGS) - no buddhismo MAHAYANA, o BODHISATTVA da grande compaixão.

  • AVATAMSAKA SUTRA (sânsc.; jap. KEGON-KYÔ) - Discurso da Guirlanda de Flores; texto do buddhismo MAHAYANA de grade importância para as escolas HUA-YEN e KEGON.

  • AVIDYA (sânsc.; pāli AVIJJA; chin. WU-MING; jap. MUMYÔ; tib. MARIGPA/ MA RIG PA) - ignorância, delusão.

  • AYATANA (sânsc.) - entradra, isto é, os seis órgãos dos sentidos (olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo, mente) e, às vezes, refere-se também aos seus seis objetos (cores, sons, odores, sabores, sensações táteis e pensamentos), abarcando do o mundo epistemológico.

    .:: B ::.


  • BANKEI EITAKU YOTAKI - monge ZEN japonês (1622-1693) da linhagem RINZAI.

  • BARDO (tib. BAR DO; sânsc. ANTARABHAVA) - no buddhismo tibetano, o estado intermediário entre a morte e o renascimento; uma das seis yogas de Naropa (tib. NARO CHÖDRUG).

  • BARDO TÖDRÖL (tib. BAR DO THOS SGROL) - Liberação através da Compreensão no Estado Intermediário; popularmente conhecido como o "Livro Tibetano dos Mortos", texto sobre o processo da morte e renascimento.

  • BASSUI ZENJI - monge ZEN japonês (1327-1387) da escola RINZAI.

  • BHAISHAJYAGURU (sânsc.; chin. YAO-HSI-FU; jap. YAKUSHI NYORAI; tib. MENGYI LAMA/ SMAN GYI BLA MA) - no buddhismo MAHAYANA, o BUDDHA da medicina, o buddha curador.

  • BHANTE - senhor, venerável senhor.

  • BHAVA-CHAKRA (sânsc.; tib. SIPE KHORLO/ SRID PA'I KHOR LO) a roda da vida; representação iconográfica dos seis reinos (GATI) do SAMSARA.

  • BHAVANA (sânsc. e pāli) - meditação.

  • BHIKSHU (sânsc.; pāli BHIKKHU) - monge.

  • BHIKSHUNI (sânsc.; pāli BHIKKHUNI) - monja.

  • BHUMI (sânsc.) - no buddhismo MAHAYANA, cada um dos dez estágios do BODHISATTVA até alcançar a iluminação (BODHI).

  • BINDU (sânsc.; pāli THIGLE/ THIG LE) - no buddhismo VAJRAYANA, essência ou gota de energia sutil.

  • BODHI (sânsc. e pāli; chin. WU; jap. SATORI, KENSHÔ; tib. JANGCHUB/ BYANG CHUB) - iluminação, despertar.

  • BODHICHITTA (sânsc.) - mente da iluminação; no buddhismo MAHAYANA, a mente altruísta que visa beneficiar a todos os seres; a mente do BODHISATTVA.

  • BODHIDHARMA (sânsc.; chin. P'U-T'I-TA-MO; jap. BODAI DARUMA) - um dos ancestrais do ZEN (séculos V-VI) que introduziu esta escola na China.

  • BODHISATTVA (sânsc.; pāli BODHISATTA; chin. P'U-SA; tib. BOSATSU, BODAISATTA; tib. JANGCHUBSEMPA/ BYANG CHUB SEMS DPA') - ser da iluminação; no buddhismo MAHAYANA, ser de grande compaixão que procura ajudar a todos os seres, praticando as seis perfeições (PARAMITA) e realizando a mente da iluminação (BODHICHITTA).

  • BÖN[-PO] (tib. BON [PO]) - religião xamânica tibetana anterior à introdução do buddhismo.

  • BOROBUDUR - grande construção em forma de MANDALA, na ilha de Java, Indonésia.

  • BOSATSU (jap.) - veja BODHISATTVA.

  • BRAHMA-VIHARA (sânsc. e pāli) - meditações ilimitadas; amor (MAITRI), compaixão (KARUNA), alegria (MUDITA) e equanimidade (UPEKSHA).

  • BUDDHA (sânsc.; chin. FO; jap. HOTOKE, BUTSU; tib. SANGYE/ SANGS RGYAS) - desperto, iluminado; aquele que alcançou a iluminação (BODHI), um dos três preciosos (TRIRATNA).

  • BUDDHAGHOSHA - monge da escola THERAVADA (século IV) que estudou no Sri Lanka; autor do VISUDDHI-MAGGA.

  • BUDDHAT[V]A (sânsc.; jap. BUSSHÔ; tib. SANGYENYID/ SANGS RGYAS NYID) - natureza búddhica.

  • BUTSU (jap.) - veja BUDDHA.

  • BUTSUDAN (jap.) - no buddhismo japonês, pequeno altar familiar.

    .:: C ::.


  • CHAKRA (sânsc.) - roda; centro de energia sutil.

  • CH'AN (chin.) - veja ZEN.

  • CHA-NO-YU (jap.) - cerimônia do chá.

  • CH'ENG-SHIH (chin.; jap. JÔJITSU) - escola chinesa, baseada nos ensinamentos da filosofia indiana SAUTRANTIKA; seu texto principal é o SATYASIDDHI, escrito por HARIVARMAN (século IV).

  • CHENREZIG (tib. SPYAN RAS GZIGS) - veja AVALOKITESHVARA.

  • CHIEN-CHEN (chin.; jap. GANJIN) - monge chinês (688-763), fundador da escola LÜ-TSUNG (jap. RITSU).

  • CHIH-I (chin.; jap. CHISHA) - monge chinês (538-597), fundador da escola T'IEN-T'AI (jap. TENDAI).

  • CHIH-KUAN (chin.) - veja SHAMATHA-VIPASHYANA.

  • CHIH-TUN - monge chinês (314-366), fundador da escola Prajna.

  • CHI-KUAN (chin.) - veja KÔAN.

  • CHING-T'U[-TSUNG] (chin.; jap. JÔDO-[SHÛ]) - escola fundada pelo monge chinês HUI-YÜAN em 402, centralizada na veneração do Buddha AMITABHA.

  • CHITTAMATRA (sânsc.) - apenas mente; principal ensinamento da filosofia YOGACHARA.

  • CHI-TSANG - monge chinês (549-623) da escola SAN-LUN (SANRON), autor de diversos comentários sobre a filosofia MADHYAMIKA.

  • CHÖ (tib. BCOD) - cortar; no buddhismo tibetano, medição para "cortar" o conceito de personalidade.

  • CHÖRTEN (tib. CHOS RTEN) - veja STUPA.

  • CHU-HUNG - monge chinês (1535-1615) que desenvolveu um movimento leigo, combinando as escolas ZEN e JÔDO.

  • CHU-SHE (chin.; jap. KOSHA) - escola chinesa baseada nos ensinamentos do ABHIDHARMA-KOSHA; fazia parte da escola FA-HSIANG (jap. HOSSÔ).

    .:: D ::.


  • DAGOBA (sing.) - veja STUPA.

  • DAIGIDAN (jap.) - grande dúvida; um dos TRÊS PILARES DO ZEN.

  • DAINICHI-KYÔ (jap.) - veja MAHAVAIROCHANA-SUTRA.

  • DAIOSHÔ (jap.) - grande monge; termo honorífico de mestres ZEN.

  • DAISHI (jap.) - grande mestre; título honorífico do buddhismo japonês.

  • DAISHIKAN (jap.) - grande raiz de fé; um dos TRÊS PILARES DO ZEN.

  • DAITOKU-JI (jap.) - Monastério da Grande Virtude; um dos maiores monastérios ZEN de Kyôtô, no Japão.

  • DAKINI (tib. KA[N]DRO[MA]/ MKA' GRO [MA]) - No buddhismo VAJRAYANA, ser de sabedoria feminino, irado, que transmite ensinamentos tântricos.

  • DALAI LAMA (tib. TA LA'I BLA MA) - Oceano de Sabedoria; título honorífico concedido pelo príncipe mongol Althan Kham ao líder da escola tibetana GELUG, em 1578.

  • DANA (sânsc. e pāli) - generosidade; um dos seis PARAMITAS.

  • DANGYÔ (jap.) - veja LIU-TSU TA-SHIH FA-PAO-T'AN-CHING.

  • DARUMA (jap.) - veja BODHIDHARMA.

  • DENKÔROKU (jap.) - Transmissão da Luz; coletânea de episódios sobre as transmissões da escola SÔTÔ ZEN.

  • DEVA (sânsc. e pāli) - deus, divindade; um dos seus GATI.

  • DHAMMAPADA (pāli) - parte do KHUDDAKA-NIKĀYA com com 426 versos sobre o ensinamento buddhista.

  • DHARANI (sânsc.) - no buddhismo MAHAYANA e VAJRAYANA, pequenas escrituras com sílabas de significado simbólico, geralmente mais longos que os MANTRAS.

  • DHARMA (sânsc.; pāli DHAMMA; chin. FA; jap. HÔ; tib. CHÖ/ CHOS) - o ensinamento de BUDDHA, uma das Três Jóias (TRIRATNA); com letra minúscula, dharma geralmente se refere a um fenômeno ou manifestação da realidade.

  • DHARMACHAKRA (sânsc.; pāli DHAMMACHAKKA) - roda do Dharma; o símbolo do buddhismo.

  • DHARMAGUPTAKA (sânsc.; pāli DHAMMAGUTTIKA; chin. LÜ-TSUNG; jap. RITSU[-SHÛ]) - protetor do ensinamento; escola fundada pelo monge indiano Dharmaguptaka, pertencente ao grupo STHAVIRAVADA.

  • DHARMAKAYA (sânsc.; tib. CHÖKU/ CHOS SKU) - corpo do Dharma; um dos três corpos (TRIKAYA).

  • DHARMAKIRTI - monge indiano (século VII) da filosofia YOGACHARA.

  • DHARMAPALA - guardião dos ensinamentos, protetor do DHARMA.

  • DHATU (sânsc.) - campo, esfera, reino (do desejo, da forma e da não-forma).

  • DHATUGABBHA (pāli) - veja STUPA.

  • DHATUGARBHA (sânsc.) - veja STUPA.

  • DHYANA (sânsc.; pāli JHANA; chin. CH'AN; jap. ZEN; tib. SAMTEN/ BSAM GTAN) - concentração, absorção meditativa.

  • DHYANI-BUDDHA (sânsc.) - BUDDHA meditacional; no buddhismo MAHAYANA, os cinco buddhas transcendentes que representam os aspectos da mente iluminada; VAIROCHANA, AMITABHA, AMOGHASIDDHI, AKSHOBHYA e RATNASAMBHAVA.

  • DIGHA-NIKĀYA (pāli) - Coleção Longa; uma das seções do SUTTA PITAKA.

  • DIGNAGA - monge indiano (480-540) da escola YOGACHARA.

  • DIPAMKARA - BUDDHA lendário de um passado distante.

  • DÔGEN ZENJI - monge ZEN japonês (1200-1253), fundador da escola SÔTÔ.

  • DOKUSAN (jap.) - entrevista formal de estudante ZEN com seu mestre.

  • DORJE (tib. RDO RJE) - veja VAJRA.

  • DOSA (pāli) - raiva, ódio, má vontade.

  • DOSHÔ - monge japonês (629-700), fundador da escola HOSSÔ.

  • DRILBU (tib. DRIL BU) - veja GANTHA.

  • DUHKHA (sânsc.; pāli DUKKHA; chin. K'U; jap. KU; tib. SDUG BSNGAL/ DUNGEL) - sofrimento, dor; uma das QUATRO VERDADES NOBRES. Veja também: TRILAKSHANA.

  • DVESHA (sânsc.) - raiva, ódio, má vontade.

  • DZOGCHEN (tib. RDZOGS CHEN) - Grande Perfeição; principal ensinamento da escola tibetana NYINGMA.

    .:: E ::.


  • EIHEI-JI - Monastério da Paz Eterna; um dos principais monastérios da escola SÔTÔ ZEN no Japão.

  • EISAI ZENJI - monge japonês (1141-1215) da linhagem RINZAI ÔRYÔ, que introduziu o ZEN no Japão.

  • EKA (jap.) - veja HUI-K'O.

  • ENGAKU-JI - Monastério da Iluminação Completa; monastério ZEN fundado em 1282 na cidade de Kamakura, no Japão.

  • ENNIN - monge japonês (793-864) da escola TENDAI, discípulo de SAICHÔ.

  • EN'Ô (jap.) - veja HUI-NENG.

  • ENSÔ (jap.) - círculo; no buddhismo ZEN, símbolo do vazio, do absoluto, da iluminação.

    .:: F ::.


  • FA-HSIANG (chin.; jap. HOSSÔ) - escola chinesa fundada por HSÜAN-TSANG (600-664) e K'UEI-CHI (638-682), com base na filosofia indiana YOGACHARA.

  • FA-HSIEN - monge peregrino chinês (337-422) que viveu muitos por anos na Índia.

  • FA-LANG - monge chinês (507-581) da escola SAN-LUN.

  • FUGEN (jap.) - veja SAMANTABHADRA.

  • FUKAN-ZAZENGI (jap.) - Princípios Gerais para a Prática da Meditação; texto de DÔGEN ZENJI.

    .:: G ::.


  • GAMPOPA (tib. SGAM PO PA) - monge tibetano (1079-1153), fundador da escola KAGYÜ.

  • GANTHA (sânsc.; jap. KONGÔ-REI; tib. DRILBU) - no buddhismo VAJRAYANA, instrumento que representa a sabedoria (PRAJNA).

  • GANJIN (jap.) - veja CHIEN-CHEN.

  • GATI (sânsc.) - modo de existência em um reino do samsara; divino (DEVA), semi-divino (ASURA), humano (MANUSHYA), animal (TIRYAK), fantasmagórico (PRETA) ou infernal (NARAKA).

  • GELUG[-PA] (tib. DGE LUGS [PA]) - escola VAJRAYANA fundada pelo monge tibetano TSONGKHAPA (1357-1419), centralizada nos ensinamentos do LAMRIM.

  • GENJOKÔAN (jap.)- O KÔAN da Vida Diária; texto de DÔGEN ZENJI.

  • GOKE-SHICHISHÛ (jap.) - cinco casas e sete escolas; as linhagens do buddhismo ZEN chinês surgidas durante a dinastia Tang (618-907).

  • GRANDE VEÍCULO - veja MAHAYANA.

  • GRIDHRAKUTA (sânsc.) - Pico dos Abutres; montanha indiana onde SHAKYAMUNI teria transmitido os ensinamentos MAHAYANA.

  • GURU (sânsc.; tib. LAMA/ BLA MA) - mestre espiritual, uma das TRÊS RAÍZES do buddhismo VAJRAYANA.

  • GURU RINPOCHE (tib.) - Mestre Precioso; veja PADMASAMBHAVA.

  • GYULÜ (tib. SGYU LUS) - corpo ilusório; uma das seis yogas de Naropa (NARO CHÖDRUG).

    .:: H ::.


  • HAIKU (jap.) - poesia japonesa de dezesseis sílabas.

  • HAKUIN ZENJI - monge ZEN japonês (1689-1769) da escola RINZAI, autor do famoso KÔAN "qual o som de uma só mão batendo palmas?"

  • HANKA-FUZA (jap.) - postura de meio-lótus, na qual uma perna fica sobre a outra.

  • HANNYA (jap.) - veja PRAJNA.

  • HANNYA SHINGYÔ (jap.) - veja MAHAPRAJNAPARAMITA-HRIDAYA SUTRA.

  • HARIVARMAN - monge indiano (século IV) cujos trabalhos originaram a escola SATYASIDDHI (chin. CH'ENG-SHIH, jap. JÔJITSU).

  • HASSU (jap.) - sucessor do dharma, ancestral, patriarca.

  • HAYAGRIVA (sânsc.; jap. BATÔ MYÔ-Ô; tib. TADRIN/ RTA MGRIN) - manifestação irada de AVALOKITESHVARA, com cabeça de cavalo.

  • HINAYANA (sânsc.) - Pequeno Veículo; no MAHAYANA, termo pejorativo originalmente usado para denegrir a escola SARVASTIVADA e suas dissidências, SAUTRANTIKA e VAIBHASHIKA; no VAJRAYANA, a primeira etapa do caminho espiritual, o fundamento para as práticas do MAHAYANA.

  • HÔGEN[-SHÛ] (jap.; chin. FA-YEN[-TSUNG]) - escola ZEN chinesa da tradição GOKE-SHICHISHÛ.

  • HÔNEN - monge japonês (1133-1212), fundador da escola da TERRA PURA (jap. JÔDO[-SHÛ]).

  • HOSSÔ (chin. FA-HSIANG) - escola japonesa fundada pelo monge DÔSHÔ (629-700), com base nos ensinamentos da escola chinesa FA-HSIANG.

  • HOTEI (jap.) - veja PU-TAI.

  • HOTOKE (jap.) - veja BUDDHA.

  • HSÜAN-TSANG - monge peregrino chinês (600-664), fundador da escola FA-HSIANG, traduziu muitos textos do sânscrito para o chinês.

  • HUA-YEN (jap. KEGON) - Escola da Guirlanda de Flores; escola chinesa fundada pelo monge FA-TSANG (643-712) com base nos ensinamentos do AVATAMSAKA SUTRA.

  • HUI-K'O (jap. EKA) - monge ZEN chinês (487-593), discípulo e sucessor de BODHIDHARMA.

  • HUI-NENG (jap. EN'Ô) - monge ZEN chinês (638-713), sexto patriarca do ZEN na China.

  • HUI-YÜAN - monge chinês (336-416), fundador da escola da TERRA PURA (chin. CHING-T'U[-TSUNG]).

  • HUNG-JEN (jap. GUNIN, KÔNIN) - monge chinês (601-674), quinto patriarca do ZEN na China.

    .:: I ::.


  • I-CHING - monge e peregrino chinês (635-713), um dos principais tradutores de textos do sânscrito para o chinês.

  • ILUMINAÇÃO - veja BODHI.

  • INDRIYA (sânsc. e pāli) - faculdade dos sentidos, órgão dos sentidos.

  • INGA (jap.) - causa e efeito, KARMA.

  • INKA-SHÔMEI (jap.) confirmação da transmissão ZEN de um mestre a um discípulo.

  • INNEN (jap.) - causa e efeito, KARMA.

  • ISHTA-DEVATA (sânsc.; tib. YI DAM) - no buddhismo VAJRAYANA, divindade meditacional.

  • ISHIN-DENSHIN (jap.) - no buddhismo ZEN, transmissão de coração-mente para coração mente.

    .:: J ::.


  • JAMGÖN KONGTRÜL (tib. 'JAM MGON KONG SPRUL) - monge tibetano (1813-1899), um dos criadores do movimento RIME.

  • JAMPA (tib. BYAMS PA) - veja MAITREYA.

  • JAMPEL (tib. 'JAM DPAL) - veja MANJUSHRI.

  • JATAKA - seção do KHUDDHAKA-NIKĀYA com as lendas sobre as vidas passadas do Buddha SHAKYAMUNI.

  • JE RINPOCHE (tib. JE RIN PO CHE) - veja TSONGKHAPA.

  • JIRIKI (jap.) - poder próprio (para alcançar a iluminação); o oposto de TARIKI.

  • JIZÔ (jap.) - veja KSHITIGARBHA.

  • JÔDO-SHIN[-SHÛ] (jap.) - Verdadeira Escola da TERRA PURA, fundada pelo monge japonês SHINRAN (1173-1262), com base nos ensinamentos da escola JÔDO[-SHÛ].

  • JÔDO[-SHÛ] (jap.) - Escola da TERRA PURA, fundada pelo monge japonês HÔNEN (1133-1212) com base na escola CHING-T'U[-TSUNG] chinesa.

  • JÔJITSU (jap.) - Escola da Perfeição da Verdade, fundada no Japão pelo monge coreano EKWAN em 625, com base na escola CH'ENG-SHIH chinesa. A escola não existe independentemente, mas sim como uma parte da escola japonesa SANRON (chin. SAN-LUN).

  • JÛGYÛ[-NO]-ZU (jap.) - Dez Figuras de Boiadeiro; representação gráfica dos diversos níveis de realização ZEN.

  • JÛJÛ[-KIN]-KAI (jap.) - Dez Preceitos Principais da escola ZEN (não matar, não roubar, não cometer adultério, não mentir, não difamar, não ser orgulhoso ao elogiar, não cobiçar, não ter raiva, não difamar as Três Jóias).

  • JÛKAI (jap.) - receber os preceitos buddhistas.

    .:: K ::.


  • KADAM[-PA] (tib. BKA' GDAMS [PA]) - Escola da Instrução Oral, escola VAJRAYANA tibetana fundada pelo monge indiano ATISHA (980/90-1055), precursora da escola GELUG.

  • KAGYÜ[-PA] (tib. BKA' RGYUD [PA]) - Escola da Transmissão Oral, escola VAJRAYANA tibetana fundada pelo monge GAMPOPA (1079-1153), centralizada nos ensinamentos MAHAMUDRA.

  • KALACHAKRA (tib. DÜKYI KHORLO/ DUS KYI 'KHOR LO) - Roda do Tempo; o TANTRA mais complexo e popular do buddhismo VAJRAYANA tibetano.

  • KALYANAMITRA (sânsc.; pāli KALUANAMITTA) - bom amigo, amigo espiritual, mestre.

  • KALPA (sânsc.; pāli KAPPA) - período de tempo correspondente a 4.320.000 anos.

  • KANCHÔ (jap.) - abade geral de um monastério ZEN.

  • KHANDROMA (tib. MKHA' 'GRO MA) - veja DAKINI.

  • KANGYUR TENGYUR (tib. BKA' GYUR BSTAN 'GYUR) - Tradução da Palavra e Tradução do Ensinamento; o cânone do buddhismo tibetano.

  • KANNON (jap.) - veja AVALOKITESHVARA.

  • KANZEON (jap.) - veja AVALOKITESHVARA.

  • KARMA (sânsc.; pāli KAMMA; jap. INGA, INNEN; tib. LE/ LAS) - ação; causa e efeito.

  • KARMAPA (tib. KA RMA PA) - líder da escola tibetana KARMA KAGYÜ.

  • KARUNA (sânsc. e pāli) - compaixão; um dos quatro BRAHMA-VIHARAS.

  • KASAYA (sânsc.) - veja KESA.

  • KEGON-KYÔ (jap.) - veja AVATAMSAKA SUTRA.

  • KEGON[-SHÛ] (jap.) - Escola da Guirlanda de Flores; escola fundada no Japão pelo monge chinês Shen-hsiang (jap. Shinshô), com base nos ensinamentos da escola chinesa HUA-YEN.

  • KEIZAN JÔKIN - monge ZEN japonês (1268-1325) da linhagem SÔTÔ.

  • KEKKA-FUZA (jap.; sânsc. PADMASANA) - posição de lótus completa, com cada pé sobre a coxa oposta.

  • KENSHÔ (jap.) - estado mental próximo à iluminação.

  • KESA (jap.; sânsc. KASAYA) - manto; parte do hábito utilizado pelos monges ZEN.

  • KHUDDAKA-NIKĀYA (pāli) - Coleção Curta; uma das seções do SUTTA PITAKA.

  • KIN'HIN (jap.) - andar ZEN, praticado entre os períodos de ZAZEN.

  • KÔAN (jap.; chin. KUNG-AN) - frase ou episódio ZEN que utiliza o paradoxo para transcender a lógica ou os preceitos; utilizado especialmente pela escola RINZAI.

  • KÔBO-DAISHI - veja KÛKAI.

  • KOKORO (sino-jap. SHIN) - coração-mente.

  • KOSHA[-SHÛ] - escola japonesa surgida entre os séculos VII e VIII, baseada na escola chinesa CHU-SHE.

  • KSHANTI (sânsc.; pāli KHANTI) - paciência; um dos seis PARAMITAS.

  • KSHITIGARBHA (chin. T'I-T'SANG; jap. JIZÔ) - no buddhismo MAHAYANA, o BODHISATTVA que protege dos tormentos, principalmente as crianças.

  • KÛ (jap.) - veja SHUNYA.

  • KUAN-HSI-YIN (chin.) - veja AVALOKITESHVARA.

  • KUAN-YIN (chin.) - veja AVALOKITESHVARA.

  • K'UEI-CHI - monge chinês (632-835), discípulo de HSÜAN-TSANG e co-fundador da escola FA-HSIANG.

  • KÛKAI - monge japonês (774-835), também conhecido como KÔBO-DAISHI, que fundou a escola

  • SHINGON com base nos ensinamentos da escola chinesa MI-TSUNG.

  • KUMARAJIVA - um dos principais tradutores de textos buddhistas do sânscrito para o chinês (344-413).

  • KUNG-AN (chin.) - veja KÔAN.

  • KYÔ (jap.) - veja SUTRA.

  • KYOSAKU (jap.) - no buddhismo ZEN, bastão utilizado para "despertar" os praticantes de ZAZEN com uma batida no ombro.

    .:: L ::.


  • LALITAVISTARA (sânsc.) - biografia tradicional sobre o Buddha SHAKYAMUNI.

  • LAMA (tib. BLA MA) - veja GURU.

  • LAMDRE (tib. LAM BRAS) - Caminho e Fruto; principal ensinamento da escola tibetana SAKYA.

  • LAMRIM (tib. LAM RIM) - Estágios do Caminho; principal ensinamento da escola tibetana GELUG.

  • LANKAVATARA SUTRA (sânsc.) - Discurso sobre a Descida ao [Sri] Lanka; texto do buddhismo MAHAYANA que enfatiza o despertar da não dualidade através da realização da natureza búddhica.

  • LIN-CHI-TSUNG (chin.) - veja RINZAI[-SHÛ].

  • LIU-TSU TA-SHIH FA-PAO-T'AN-CHING (chin.; jap. ROKUSO DAISHI HÔBÔDAN-GYÔ, DAN-GYÔ) - Discurso do Sexto Ancestral da Alta Plataforma do Tesouro do Dharma, ou simplesmente o Sutra da Plataforma; biografia do monge chinês HUI-NENG, sexto ancestral do ZEN na China.

  • LOBHA (sânsc. e pāli) - cobiça.

  • LO-HAN (chin.) - veja ARHAT.

  • LOKAPALA (sânsc.) - protetor do mundo; imagens muito comuns na entrada dos grandes monastérios, como guardiões do templo.

  • LONGCHENPA (tib. KLONG CHEN PA) - lama tibetano (1308-1364) de grande importância para a transmissão dos ensinamentos DZOGCHEN da escola NYINGMA.

  • LÜ-TSUNG (chin.; RITSU[-SHÛ]) - Escola da Disciplina; escola fundada pelo monge chinês TAO-HSÜAN (596-667) com base nos ensinamentos da escola indiana DHARMAGUPTAKA.

    .:: M ::.


  • MADHYAMIKA (sânsc.) - filosofia MAHAYANA do Caminho do Meio, fundada pelos monges NAGARJUNA (século II) e ARYADEVA (século III).

  • MADHYAMIKA (sânsc.) - Caminho do Meio; ensinamento da escola MADHYAMIKA.

  • MAHAKASHYAPA (sânsc.; pāli MAHAKASSAPA; jap. DAIKASHÔ, MAKAKASHÔ) - um dos grandes discípulos do Buddha SHAKYAMUNI, considerado o primeiro ancestral do ZEN.

  • MAHAMUDRA (sânsc.; tib. CHAGYA CHENPO/ PHYAG RGYA CHEN PO) - Grande Sinal; principal ensinamento da escola tibetana KAGYÜ.

  • MAHAPARINIBBANA-SUTTA (pāli) - texto do DIGHA-NIKĀYA que relata os últimos anos da vida do Buddha SHAKYAMUNI.

  • MAHAPARINIRVANA-SUTRA (sânsc.) - coleção de textos do buddhismo MAHAYANA sobre a natureza búddhica.

  • MAHAPRAJNAPARAMITA-HRIDAYA SUTRA (sânsc.; jap. MAKA HANNYA HARAMITTA SHINGYÔ; tib. CHOMDENDEMA SHERABKYI PARARÖLTUCHINPE NYINGPO/ BDOM LDAN 'DAS MA SHES RAB KYI PHA ROL TU PHYING PA'I SNYING PO) - um dos principais e mais breves textos do PRAJNA-PARAMITA SUTRA, de grande importância para o buddhismo MAHAYANA.

  • MAHASANGHIKA (sânsc.) - Grande Comunidade; escola que se separou do grupo STHAVIRAVADA após o concílio de Pataliputra, precursora do buddhismo MAHAYANA.

  • MAHASIDDHA (sânsc.) - Grande Adepto; mestre dos ensinamentos VAJRAYANA, dotado de poderes sobrenaturais ou SIDDHIS.

  • MAHASTAMAPRAPTA (sânsc.; chin.. SHIH-TZA; jap. SEISHI) - No buddhismo MAHAYANA, o bodhisattva que traz os seres ao conhecimento.

  • MAHAVAIROCHANA-SUTRA (sânsc.; jap. DAINICHI-KYÔ) - Discurso do Grande Radiante; texto VAJRAYANA de grande importância para as escolas MI-TSUNG e SHINGON.

  • MAHAVASTU (sânsc.) - Grande Evento; texto da escola MAHASANGHIKA sobre a vida do Buddha SHAKYAMUNI, marcando uma transição para o buddhismo MAHAYANA.

  • MAHAYANA (sânsc.) - Grande Veículo; movimento surgido por volta dos séculos I-II que procura valorizar a libertação de todos os seres através da compaixão dos BODHISATTVAS.

  • MAHAYANA-SHRADDHOTPADA-SHASTRA (sânsc.) - Tratado sobre o Despertar da Fé no Mahayana; texto do buddhismo MAHAYANA dos séculos V-VI, atribuído a ASHVAGHOSHA (séculos I-II).

  • MAHINDA - monge missionário indiano (século III a.C.) enviado pelo rei ASHOKA ao Sri Lanka.

  • MAHISHASIKA - escola que se separou do grupo VIBHAJYAVADA (século II a.C.) e que originou a escola Dharmaguptaka.

  • MAITREYA (sânsc.; chin. MI-LE; jap. MIROKU; tib. JAMPA/ BYAMS PA) - buddha do futuro, que deverá aparecer no mundo para restaurar o Dharma.

  • MAITREYANATHA - monge de historicidade contestada, que teria vivida na Índia entre os séculos IV-V e que seria um dos fundadores da filosofia YOGACHARA.

  • MAITRI (sânsc.; pāli METTA) - bondade; uma das quatro BRAHMA-VIHARA.

  • MAJJIMA-NIKĀYA - Coleção Média; uma das seções do SUTTA PITAKA.

  • MAKA HANNYA HARAMITTA SHINGYÔ (jap.) - veja MAHAPRAJNAPARAMITA-HRIDAYA SUTRA.

  • MAKYÔ (jap.) - fenômenos ou distrações que podem ocorrer durante a prática de ZAZEN.

  • MALA (sânsc.; jap. NENJU; tib. TRENGWA/ PHRENG BA) - rosário de 108 contas para recitação de MANTRAS, DHARANIS, NENBUTSU etc.

  • MANAS (sânc. e pāli) - mente.

  • MANASIKARA (pāli) - atenção.

  • MANDALA (sânsc.; jap. MANDARA; tib. KYILKHOR/ DKYIL 'KHOR) - diagrama circular do buddhismo VAJRAYANA, representado a consciência iluminada como uma dimensão pura.

  • MANJUSHRI (sânsc.; chin. WEN-SHU; jap. MONJU; tib. JAMPEL/ 'JAM DPAL) - no buddhismo MAHAYANA, o BODISATVA da sabedoria (sânsc. PRAJNA).

  • MANTRA (sânsc.; jap. SHINGON; tib. NGAG/ SNGAGS) - no buddhismo VAJRAYANA, série de sílabas que representam a fala iluminada.

  • MANTRAYANA (sânsc.) - Caminho do Mantra, VAJRAYANA.

  • MANUSHYA (sânsc.) - humano; um dos seus GATI.

  • MARA (sânsc. e pāli) - demônio da ignorância, do apego.

  • MARGHA (sânsc.; pāli MAGGA) - caminho (para a cessação do sofrimento); uma da QUATRO VERDADES NOBRES.

  • MARPA LOTSAWA (tib. MAR PA LO TSA BA) - tradutor tibetano (1012-1097), discípulo NAROPA e mestre do poeta MILAREPA; seus ensinamentos MAHAMUDRA foram passaram a ser transmitidos pela escola tibetana KAGYÜ.

  • MAUDGALYAYANA (sânsc.; pāli MOGGALANA) - um dos grandes discípulos do Buddha SHAKYAMUNI.

  • MAYA (sânsc.) - ilusão, aparência, decepção, delusão.

  • MIKKYÔ (jap.) - Ensinamento Secreto, VAJRAYANA.

  • MILAM (tib. RMI LAM) - sonho; uma das seis yogas de Naropa (tib. NARO CHÖDRUG).

  • MILAREPA (tib. MI LA RAS PA) - poeta tibetano (1025-1035), recebeu os ensinamentos MAHAMUDRA do tradutor MARPA e foi mestre do monge GAMPOPA, fundados da escola tibetana KAGYÜ.

  • MILINDAPANHA (pāli) - Questões de Milinda; texto da escola THERAVADA com o diálogo ente o rei Milinda (ou Menandro, século I a.C.) e o monge Nagasena.

  • MI-LO-FO (chin.) - Buddha da Felicidade; representação do monge ZEN chinês Pu-tai (século X), considerado uma encarnação do bodhisattva MAITREYA.

  • MIROKU (jap.) - veja MAITREYA.

  • MI-TSUNG (chin.) - Escola dos Segredos; escola VAJRAYANA chinesa, fundada no século VII pelos indianos Shuvhakarasimha (chin. Shan-wu-wei, 637-735), Vajrabodhi (chin. Chin-kung-chih, 663-723) e Amoghavajra (chin. Pu-k'ung, 705-774); deu origem à escola japonesa SHINGON.

  • MOHA (sânsc. e pāli) - ignorância, delusão, ilusão.
    MOKUGYÔ (jap.) - peixe de madeira; no buddhismo japonês, tambor utilizado para recitar marcar a recitação dos SUTRAS.

  • MONDÔ (jap.) - pergunta e resposta; diálogo entre um mestre ZEN e um discípulo.

  • MONJU (jap.) - veja MANJUSHRI.

  • MUDITA (sânsc. e pāli) - alegria; uma da quatro BRAHMA-VIHARAS.

  • MUDRA (sânsc.; chin. YIN; jap. INZÔ; tib. CHAGYA/ PHYAG RGYA) - sinal; gesto simbólico.

  • MUMONKAN (jap.) - veja WU-MEN-KUAN.

  • MYOHÔ-RENGE-KYÔ (jap.) - veja SADDHARMA-PUNDARIKA SUTRA.

    .:: N ::.


  • NADI (sânsc.; tib. TSA/ RTSA) - canais de energia pelos quais circula o PRANA.

  • NAGA (sânsc.; chin. LONG; jap. RYÛ; tib. LU/ KLU) - dragão aquático com corpo de serpente e cabeça humana.

  • NAGARJUNA (sânsc.; tib. LUDRUB/ KLU SGRUB; jap. RYÛJUN) - monge indiano (séculos II-III), fundador da filosofia MADHYAMIKA.

  • NALANDA - universidade monástica indiana, fundada por volta do século II e destruída pelos muçulmanos entre os séculos XII-XIII.

  • NARAKA (sânsc.; pāli NIRAYA) - inferno; um dos seis GATI.

  • NARO CHÖDRUG (tib. NA RO CHOS DRUG) - Seis Yogas de NAROPA; ensinamentos VAJRAYANA do mahasiddha indiano NAROPA que foram transmitidos ao tradutor tibetano MARPA; chama interior (TUMO), corpo ilusório (GYULÜ), sonho (MILAM), clara luz (ÖSEL), estado intermediário (BARDO) e transferência de consciência (P'HOWA).

  • NAROPA (tib. NA RO PA) - mahasiddha indiano (1016-1100), discípulo de TILOPA e mestre do tradutor MARPA.

  • NEHAN (jap.) - veja NIRVANA.

  • NENBUTSU (jap.) - recitação do nome do Buddha AMITABHA (Amida); prática das escola JÔDO[-SHÛ] e JÔDO-SHIN[-SHÛ].

  • NGÖNDRO (tib. SNGON 'GRO) - práticas preliminares do buddhismo VAJRAYANA

  • NICHIREN - monge japonês (1222-1282), fundador da escola NICHIREN[-SHÛ].

  • NICHIREN[-SHÛ] - Escola do Lótus do Sol; escola japonesa fundada pelo monge NICHIREN, baseada no Sutra do Lótus (SADDHARMA-PUNDARIKA SUTRA).

  • NIKĀYA (pāli) - coleção dos discursos de Buddha (SUTTA): DIGHA-NIKĀYA, MAJJHIMA-NIKĀYA, SAMYUTTA-NIKĀYA, ANGUTTARA-NIKĀYA, KHUDDAKA-NIKĀYA.

  • NIRMANAKAYA (sânsc.) - corpo de emanação; veja TRIKAYA.

  • NIRODHA (sânsc.) - cessação (do sofrimento); uma das QUATRO VERDADES NOBRES.

  • NIRVANA (sânsc.; pāli NIBBANA; chin. NIEH-P'AN; jap. NEHAN; tib. NYANGENLEDEPA/ MYA NGAN LAS 'DAS PA) - extinção do sofrimento.

  • NIRVANA (sânsc.) - nome de um ramo do buddhismo chinês, originado o século V, centralizado nos ensinamentos do MAHAPARINIRVANA SUTRA.

  • NYINGMA[-PA] (tib. RNYING MA [PA]) - Escola Antiga; escola VAJRAYANA tibetana surgida a partir dos ensinamentos DZOGCHEN dos indianos PADMASAMBHAVA, VIMALAMITRA e VAIROCHANA (século VIII).

  • NYORAI (jap.) - veja TATHAGATA.

    .:: O ::.


  • ÔBAKU (jap.) - escola ZEN japonesa linhagem RINZAI.

  • ODDYANA (sânsc.; tib. ORGYEN/ tib. O RGYAN) - região no vale do Swat, entre o Afeganistão e o Paquistão, onde teriam surgido os TANTRAS dos buddhismo VAJRAYANA.

  • ÔRYÔ[-HA] (jap.; chin. HUAN-LUNG-PA'I) - linhagem da escola RINZAI, pertencente ao GOKE-SHICHISHÛ do buddhismo ZEN; foi introduzida no Japão pelo monge EISAI ZENJI.
    ORYÔKI (jap.) - no buddhismo ZEN, refeição silenciosa.

  • ÖSEL (tib. 'OD GSAL) - clara luz; uma das seis yogas de Naropa (NARO CHÖDRUG).

  • OTERA (jap.) - veja TERA.

    .:: P ::.


  • PADMA (sânsc.; tib. PEMA/ PAD MA) - flor de lótus; um dos oito SÍMBOLOS AUSPICIOSOS, representando a pureza.

  • PADMASAMBHAVA (sânsc.; tib. PEMAJUNGNE/ PAD MA 'BYUNG NAS) - também conhecido como o GURU RINPOCHE (Mestre Precioso), um dos introdutores do buddhismo no Tibet (século VIII), considerado fundador da escola NYINGMA.

  • PADMASANA (sânsc.) - postura do lótus. Veja KEKKA-FUZA.

  • PAGODE - veja STUPA.

  • PAI-LIEN[-TSUNG] (chin.) - Escola do Lótus Branco; escola TERRA PURA chinesa, fundada pelo monge Mao Tzu-yuan (século XII).

  • PALI - dialeto indiano derivado do sânscrito; a língua do cânone da escola THERAVADA.

  • PANCHEN LAMA (tib. PAN CHEN BLA MA) - título honorífico dado pelo quinto DALAI LAMA (1617-1682) ao abade do monastério tibetano Tashilhunpo.

  • PARAMARTHA - tradutor indiano (499-569), responsável pela versão chinesa de 278 volumes de textos buddhistas.

  • PARAMITA (sânsc.) - perfeição; no buddhismo MAHAYANA, seis atitudes de um BODHISATTVA: generosidade (DANA), ética (SHILA), paciência (KSHANTI), esforço (VIRYA), concentração (DHYANA) e sabedoria (PRAJNA).

  • PARINIRVANA (sânsc.; pāli PARINIBBANA) - extinção final do sofrimento, NIRVANA final.

  • PATRIARCA - fundador de uma escola ou um de seus sucessores na linhagem de transmissão de ensinamentos.

  • P'HOWA (tib. 'PHO BA) - transferência de consciência; uma das seis yogas de Naropa (NARO CHÖDRUG).

  • P'HURBA (tib. PHUR PA) - no buddhismo VAJRAYANA, faca que simboliza a eliminação do apego ao eu, a transmutação das energias negativas através da compaixão.

  • PRAJNA (sânsc.; pāli PANNA; jap. HANNYA; tib. SHERAB/ SHES RAB) - sabedoria; uma das seis PARAMITAS.

  • PRAJNAPARAMITA SUTRA (sânsc.) - Discurso sobre a Perfeição da Sabedoria; coleção de aproximadamente 40 textos do buddhismo MAHAYANA, incluindo o Sutra do Coração (MAHAPRAJNAPARAMITA-HRIDAYA SUTRA) e o Sutra do Diamante (VAJRACCHEDIKA-PRAJNAPARAMITA SUTRA).

  • PRANA (sânsc.; tib. LUNG/ RLUNG) - vento de energia sutil.

  • PRATIMOKSHA (sânsc.; pāli PATIMOKKHA) - libertação individual.

  • PRATITYA-SAMUTPADA (sânsc.; pāli PARICCHA-SAMUTPADA) - surgimento interdependente.

  • PRATYEKA-BUDDHA (sânsc.; pāli PACCHEKA-BUDDHA; chin. PI-CHIH-FO; jap. BYAKUSHI-BUTSU; tib. RANG SANGS RGYAS/ RANGSANGYE) - realizador solitário; ARHAT que alcança o NIRVANA solitariamente.

  • PRETA (sânsc.; pāli PETA) - fantasma faminto, espírito carente; um dos seis GATI.

  • PUDGALAVADA (sânsc.) - veja VATSIPUTRIYA.

  • P'U-HSIAN (chin.) - veja SAMANTABHADRA.

  • PUJA (sânsc.) - serviço religioso.

  • PUNYA (sânsc.) - mérito, virtude.

  • PU-TAI - monge ZEN chinês (século X), considerado uma encarnação do bodhisattva MAITREYA e geralmente representado como o Buddha da Felicidade (MI-LO-FO).

  • P'U-T'I-TA-MO (chin.) veja BODHIDHARMA.

    .:: Q ::.


  • QUATRO NOBRES VERDADES (sânsc. ARYASATYA; pāli ARYASATTA) - os ensinamentos básicos do buddhismo; as verdades do sofrimento (DUHKHA), da causa (SAMUDAYA), da cessação (NIRODHA) e do caminho (MARGHA).

    .:: R ::.


  • RAHULA - filho do Buddha SHAKYAMUNI.

  • RAKAN (jap.) - veja ARHAT.

  • RAKUSU (jap.) - no buddhismo ZEN, pequeno KESA retangular, conferido aos monges e leigos ao receberem a ordenação.

  • RATNASAMBHAVA (sânsc.) - um dos cinco DHYANI-BUDDHAS.

  • REALIZAR - conceber de maneira nítida, perceber como realidade.

  • RIGPA (tib. RIG PA) - nos ensinamentos do DZOGCHEN, a natureza da mente, o estado desperto intrínseco.

  • RIME (tib. RIS MED) - movimento anti-sectarista do buddhismo tibetano, surgido no século XIX.

  • RINPOCHE (tib. RIN PO CHE) - precioso; título honorífico tibetano, dado a grandes lamas e professores.

  • RINZAI[-SHÛ] (jap.; chin. LIN-CHI-TSUNG) - uma das escolas do buddhismo ZEN japonês, dividida em duas linhagens (YÔGI e ÔRYÔ); enfatiza a prática do KÔAN.

  • RITSU[-SHÛ] (jap.) - Escola da Disciplina; escola japonesa, fundada pelo monge chinês CHIEN-CHEN (jap. GANJIN) em 754, com base na escola chinesa LÜ-TSUNG.

  • RÔHATSU-SESSHIN (jap.) - retiro ZEN, tradicionalmente feitos nos oito primeiros dias de dezembro para celebrar o dia da iluminação do Buddha Shakyamuni (8 de dezembro).

  • RÔSHI (jap.) - venerável mestre; título honorífico dos mestres ZEN japoneses.

    .:: S ::.


  • SADDHARMA-PUNDARIKA SUTRA (jap. MYOHÔ-RENGE-KYÔ) - Discurso do Lótus do Dharma Maravilhoso; texto do buddhismo MAHAYANA, de central importância para as escolas TENDAI e NICHIREN.

  • SADHANA (sânsc.) - texto que descreve uma liturgia, especialmente utilizado no buddhismo VAJRAYANA.

  • SAHA (sânsc.) - veja SAMSARA.

  • SAICHÔ - monge japonês (767-822) que fundou a escola TENDAI com base nos ensinamentos da escola chinesa T'IEN-T'AI e elementos das escolas HUA-YEN e MI-TSUNG.

  • SAKYA[-PA] (tib. SA SKYA [PA]) - escola VAJRAYANA tibetana responsável pela transmissão dos ensinamentos LAMDRE.

  • SAMADHI (sânsc.; jap. ZANMAI) - concentração, meditação; estado mental não-dualista, calmo e concentrado; uma das seis PARAMITAS.

  • SAMANTABHADRA (sânsc.; chin. PU-HSIAN; jap. FUGEN; tib. KÜNTUZANGPO/ KUN TU BZAN PO) - No buddhismo MAHAYANA, o BODHISATTVA das oferendas supremas e protetor dos professores do DHARMA; na escola NYINGMA do buddhismo VAJRAYANA tibetano, o buddha primordial (ADI-BUDDHA), que representa o DHARMAKAYA.

  • SAMBHOGAKAYA (sânsc.; tib. LONGCHÖPEKU/ LONGS SPYOD PA'I SKU) - veja TRIKAYA.

  • SAMSARA (sânsc. e pāli; chin. chin. LUN-HUI; jap. RINNEN; tib. 'KHOR BA/ KHOR WA) - existência cíclica, na qual todos os seres estão sujeitos a constantes renascimentos e sofrimentos.

  • SAMSKHARA (sânc.; pāli SAMKHARA) - coisas e estados condicionados.

  • SAMU (jap.) - serviço, trabalho.

  • SAMUDAYA (sânsc.) - causa; uma das QUATRO VERDADES NOBRES.

  • SAMYAK-SAMBUDDHA (sânsc.; pāli SAMMA-SAMBUDDHA) - completamente iluminado.

  • SAMYUTTA-NIKĀYA (pāli) - Coleção Agrupada; uma das seções do SUTTA PITAKA.

  • SAN-CHIEH-CHIAO (chin.) - Escola dos Três Estágios; escola chinesa dos períodos Sui (584-618) e Tang (618-907).

  • SANBÔ (jap.) - veja TRIRATNA.

  • SANDÔKAI (jap.) - veja T'SANG-T'UNG-CH'I.

  • SANGHA (sânsc. e pāli; jap. SÔ; tib. GEDÜN/ DGE 'DUN) - comunidade buddhista, formado pelos monges, monjas, noviços, noviças, leigos e leigas; uma das Três Jóias (TRIRATNA).

  • SANGYE (tib. SANGS RGYAS) - veja BUDDHA.

  • SAN-LUN (chin.; jap. SANRON) - Escola dos Três Tratados; escola chinesa derivada da filosofia indiana MADHYAMIKA.

  • SANPAI (jap.) - três prostrações.

  • SANRON (jap.) - escola japonesa, fundada pelo monge coreano EKWAN em 625, derivada da escola chinesa SAN-LUN.

  • SARVASTIVADA (sânsc.) - Tudo Existe; escola que se separou do grupo STHAVIRADA durante a época do rei ASHOKA.

  • SATORI (jap.) - veja BODHI.

  • SATYASIDDHI (sânsc.; chin. CH'ENG-SHIH; jap. JÔJITSU) - principal texto das escolas CH'ENG-SHIH e JÔJITSU, escrito pelo monge indiano HARIVARMAN no século IV.

  • SAUTRANTIKA - escola surgida a partir da SARVASTIVADA indiana por volta de 150; seu ensinamento é baseado no VINAYA PITAKA e no SUTRA PITAKA, rejeitando os ABIDHARMA PITAKA.

  • SEISHI (jap.) - veja MAHASTAMAPRAPTA.

  • SEKITÔ KISEN (jap.) - veja SHIH-T'OU HSI-CH'IEN.

  • SENG-CHAO - monge chinês (374/8 -414) da escola SAN-LUN, renomado pensador e escritor.

  • SESSHIN (jap.) - retiro ZEN.

  • SHAKYA (sânsc.; pāli SAKKA) - clã nobre da antiga Índia, no qual nasceu o Buddha histórico, SHAKYAMUNI.

  • SHAKYAMUNI (sânsc.; pāli ) - Sábio dos Shakyas; o Buddha histórico, Siddhartha Gautama.

  • SHAMATHA-VIPASHYANA (sânsc.; chin. CHIH-KUAN; jap. SHIKAN) - meditação de permanência serena (SHAMATHA) e discernimento superior (VIPASHYANA).

  • SHAMBHALA (sânsc.) - reino mítico da Índia, onde teriam se originado os ensinamentos tântricos de Kalachakra do buddhismo VAJRAYANA.

  • SHANTIDEVA - monge indiano (séculos VII-VIII) da filosofia MADHYAMIKA, autor de livros sobre o buddhismo MAHAYANA.

  • SHAO-LIN[-SSU] (chin.; jap. SHÔRIN-JI) - monastério chinês, construído em 477, onde BODHIDHARMA se fixou e iniciou o buddhismo ZEN na China.

  • SHARIPUTRA (pāli SARIPUTTA) - um dos principais discípulos do Buddha SHAKYAMUNI.

  • SHASTRA (sânsc.) - tratado sobre filosofia MAHAYANA.

  • SHIGUSEIGAN (jap.) - quatro grandes votos do bodhisattva; salvar todos os seres, eliminar todas as ilusões, penetrar em todos os DHARMAS realizar o caminho de BUDDHA.

  • SHIH-T'OU HSI-CH'IEN (chin. jap. SEKITÔ KISEN) - monge ZEN chinês (864-949), autor do TS'ANG-T'UNG-C'HI (jap. SANDÔKAI).

  • SHIH-TZA (chin.) - veja MAHASTAMAPRAPTA.

  • SHIKAN (jap.) - veja SHAMATHA-VIPASHYANA.

  • SHIKANTAZA (jap.) - sentar-se apenas; ZAZEN.

  • SHILA (sânsc.; pāli SILA) - ética, preceitos; uma das seis PARAMITAS.

  • SHINGON[-SHÛ] - (jap.) - Escola da Palavra Verdadeira; escola VAJRAYANA japonesa fundada pelo monge KÛKAI (774-835), com base nos ensinamento da escola MI-TSUNG chinesa.

  • SHINRAN - monge japonês (1173-1262), que fundou a escola JÔDO-SHIN[-SHÛ] a partir dos ensinamentos da escola JÔDO[-SHÛ].

  • SHIN[-SHÛ] - veja JÔDO-SHIN[-SHÛ].

  • SHÔBÔ-GENZÔ (jap.) - Tesouro do Olho do Dharma Verdadeiro; principal obra do monge ZEN japonês DÔGEN ZENJI.

  • SHÔRIN[-JI] (jap.) - veja SHAO-LIN-SSU.

  • SHRAVAKA (sânsc.; chin. SHENG-WON; jap. SHÔMON; tib. NYAN THOS/ NYENT'HÖ) - ouvinte; ARHAT que alcançou o NIRVANA através dos ensinamentos do Buddha SHAKYAMUNI.

  • SHUNYA (sânsc.; pāli SUNNA; jap. KÛ; tib. TONGPA/ STONG PA) - vazio; ausência de uma existência inerente, independente.

  • SHUNYATA (sânsc. STONG PA NYID) - vacuidade.

  • SIDDHARTHA GAUTAMA (sânsc.; pāli SIDDHATTHA GOTAMA) - o fundador do buddhismo, o BUDDHA histórico (563 - 483 a.C.).

  • SIDDHI (sânsc.) - no buddhismo VAJRAYANA, poderes sobrenaturais surgidos a partir do controle do corpo e da mente.

  • SÍMBOLOS AUSPICIOSOS (sânsc. ASHTANGA-MANGALA) - oito símbolos, representando a dignidade (pára-sol), o poder (peixes), a vitória mundana (concha), a pureza (lótus), a imortalidade (vaso), a vitória espiritual (estandarte), a eternidade (nó sem fim) e o ensinamento do Buddha (roda do DHARMA).

  • SKANDHA (sânsc.; pāli KHANDA) - agregados que constituem a realidade; forma, sensação, percepção, vontade e consciência.

  • SÔJI-JI - um dos principais monastérios da escola SÔTÔ do buddhismo ZEN japonês.

  • SÔTÔ[-SHÛ] (jap.; chin. TS'AO-TUNG[-TSUNG]) - uma das principais escolas ZEN do Japão, fundada por DÔGEN ZENJI (1200-1253) com base na escola TS'AO-TUNG-TSUNG chinesa; enfatiza a prática do ZAZEN.

  • STHAVIRAVADA (sânsc.) - escola que se separou do grupo MAHASANGHIKA após do concílio de Pataliputra.

  • STHIRAMATI - filósofo indiano (século VI) da escola YOGACHARA.

  • STUPA (sânsc.; pāli THUPA; tib. CHÖRTEN/ CHOS RTEN) - relicário para guardar restos mortais dos grandes mestres.

  • SUBHUTI - um dos principais discípulos do Buddha SHAKYAMUNI.

  • SUKHAVATI - TERRA PURA do Buddha AMITABHA.

  • SUTRA (sânsc.; pāli SUTTA; chin. CHING; jap. KYÔ; tib. DO/ MDO) - discurso de Buddha.

  • SUTRA PITAKA (sânsc.; pāli SUTTA PITAKA) - Cesto dos Discursos; parte do TRIPITAKA.

  • SVABHAVA (sânsc.) - existência inerente.

  • SWASTIKA (sânsc.) - na Ásia, símbolo milenar de boa sorte e felicidade, sem qualquer relação com o nazismo.

    .:: T ::.


  • T'AI-HSU - monge chinês (1889-1947) que ajudou a revitalizar o buddhismo na China.

  • TAISHÔ ISSAIKYÔ (jap.) - edição do TRIPITAKA chinês no Japão.

  • TALIDADE (sânsc. TATHATA, ing. SUCHNESS) - a verdadeira natureza dos fenômenos, tal como são.

  • TAN (jap.) - no buddhismo ZEN, plataforma de madeira onde se pratica ZAZEN.

  • TANTRA (sânsc.; tib. GYÜ/ RGYUD) - no buddhismo VAJRAYANA, textos esotéricos com doutrinas especiais para a transformação da mente.

  • TAO-AN - monge chinês (312-385), pioneiro do buddhismo na China.

  • TARA (sânsc.; jap. TARANI BOSATSU; tib. DRÖLMA/ SGROL MA) - no buddhismo MAHAYANA, bodhisattva feminina da compaixão; muito venerada no buddhismo tibetano.

  • TARIKI (jap.) - poder do outro (o poder do Buddha AMITABHA para alcançar a iluminação); oposto de JIRIKI.

  • TATHAGATA (sânsc.; pāli; jap. NYORAI) - perfeito.

  • TEISHÔ (jap.) - ensinamento ZEN.

  • TENDAI[-SHÛ] - escola japonesa fundada pelo monge SAICHÔ com base nos ensinamentos da escola chinesa T'IEN-T'AI.

  • TENGYUR (tib. BSTAN 'GYUR) - veja KANGYUR TENGYUR.

  • TERA (jap.) - templo ou monastério buddhista.

  • TERMA (tib. GTER MA) - tesouro; no buddhismo VAJRAYANA, texto escondido para ser descoberto por um TERTÖN no tempo apropriado.

  • TERRA PURA - no buddhismo MAHAYANA, reino búddhico associado aos DHYANI-BUDDHAS.

  • TERTÖN (tib. GTER STON)- no buddhismo VAJRAYANA, descobridor de TERMAS.

  • THANGKA (tib. THANG KA) - pintura buddhista tibetana.

  • THERAVADA (pāli) - Ensinamentos dos Antigos; escola do grupo STHAVIRAVADA fundada pelo monge Moggaliputta Tissa.

  • T'IEN-T'AI (chin.; jap.; TENDAI) - Escola da Plataforma Celestial; escola fundada pelo monge chinês CHIH-I (538-597) com base nos ensinamentos do Sutra do Lótus (SADDHARMA-PUNDARIKA SUTRA).

  • TILOPA (tib. TI LO PA) - mahasiddha indiano (989-1069) que transmitiu os ensinamentos MAHAMUDRA ao seu discípulo NAROPA; sua linhagem deu origem à escola tibetana KAGYÜ.

  • TI-LUN (chin.) - Escola dos Tratados dos Estágios; escola chinesa baseada na filosofia indiana YOGACHARA foi predecessora da escola HUA-YEN.

  • TIRYAK (sânsc.) - animais; um os dos seis GATI.

  • TISARANA (pāli) - veja TRIRATNA.

  • T'I-T'SANG (chin.)- veja KSHITIGARBHA.

  • TRÊS JÓIAS - veja TRIRATNA.

  • TRÊS PILARES DO ZEN - grande resolução (DAIFUNSHI), grande raiz de fé (DAISHIKAI) e grande dúvida (DAIGIDAN).

  • TRÊS RAÍZES (tib. TSAWESUM/ RTSA BA'I GSUM) - os três objetos de refúgio do buddhismo VAJRAYANA; o mestre (GURU), a divindade meditacional (YIDAM) e a DAKINI.

  • TRÊS REFÚGIOS - veja TRIRATNA.

  • TRIKAYA (sânsc.) - no buddhismo MAHAYANA, os três corpos do buddha; corpo do Dharma (DHARMAKAYA), corpo do êxtase completo (SAMBHOGAKAYA) e corpo da emanação (NIRMANAKAYA).

  • TRILAKSHANA (sânsc.; pāli TILAKKHANA) - três ramos que caracterizam o samsara; impermanência (ANITYA), sofrimento (DUHKHA) e não-eu (ANATMAN).

  • TRIPITAKA (sânsc.; pāli TIPITAKA) - Três Cestos; cânone buddhista, formado pelo Cesto das Disciplinas (VINAYA PITAKA), Cesto dos Discursos (SUTRA PITAKA) e Cesto dos Ensinamentos Especiais (ABIDHARMA PITAKA).

  • TRIRATNA (sânsc.; pāli TIRATNA; jap. SANBÔ; tib. KÖNCHOGSUM/ DKON MCHOG GSUM) - Três Jóias, Três Preciosos; os três refúgios do buddhismo: o iluminado (BUDDHA), o ensinamento (DHARMA) e a comunidade buddhista (SANGHA).

  • TRISHARANA (sânsc.; pāli TISARANA) - Três Refúgios, TRIRATNA.

  • TS'ANG-T'UNG-CHI'I (chin.; jap. SANDÔKAI) - Identidade do Relativo e do Absoluto; poema do monge ZEN chinês SHIH-T'OU HSI-CH'IEN (jap. SEKITÔ KISEN).

  • TS'AO-SHAN PEN-CHIH (chin.; jap. SÔZAN HONJAKU) - monge ZEN japonÊs (840-901), um dos fundadores da linhagem TS'AO-TUNG[-TSUNG] (SÔTÔ[-SHÛ]).

  • TS'AO-TUNG[-TSUNG] (chin.; jap. SÔTÔ[-SHÛ]) - escola ZEN chinesa, fundada por TUNG-SHAN LIANG-CHIEH (jap. TÔZAN RYÔKAI) e TS'AO-SHAN PEN-CHIH (jap. SÔZAN HONJAKU), introduzida no Japão pelo monge EIHEI DÔGEN.

  • TSO-CH'AN (chin.) veja ZAZEN.

  • TSONGKHAPA (tib. TSONG KHA PA) - monge tibetano (1357-1419), também conhecido como JE RINPOCHE, fundador da escola GELUG e criador dos ensinamentos LAMRIM.

  • TSUNG-MI - monge chinês (780-841), último patriarca da escola chinesa HUA-YEN.

  • TÜLKU (tib. SPRUL SKU) - corpo de emanação, SAMBHOGAKAYA; no buddhismo tibetano, pessoa reconhecida como o renascimento de um LAMA falecido.

  • TUMO (tib. GTUM MO) - chama interior; uma das seis yogas de Naropa (NARO CHÖDRUG).

  • TU-SHUN - monge chinês (557-640), primeiro patriarca da escola HUA-YEN.

    .:: U ::.


  • UNMEM[-SHÛ] (jap.) - escola ZEN japonesa, derivada da escola YUN-MEN[-TSUNG] chinesa.

  • UNMON BEN'EN (jap.) - veja YUN-MEN WEN-YEN.

  • UNSUI (jap.) - noviço ZEN.

  • UPALI - um dos principais discípulos de Buddha, recitador do VINAYA PITAKA.

  • UPASAKA (sânsc. e pāli) - leigo.

  • UPASIKA (sânsc. e pāli) - leiga.

  • UPAYA (sânsc.) - método, meios hábeis.

  • UPEKSHA (sânsc.; pāli UPEKKA) - equanimidade; uma das quatro BRAHMA-VIHARAS.

    .:: V ::.


  • VAIBHASHIKA (sânsc.) - filosofia derivada da escola SARVASTIVADA.

  • VAIROCHANA (sânsc.; jap. DAINICHI NYORAI) - um dos cinco DHYANI-BUDDHAS, muito venerado pela escola japonesa SHINGON.

  • VAJRA (sânsc.; jap. KONGÔ-SHO; tib. DORJE/ RDO RJE) - diamante; símbolo do vazio indestrutível.

  • VAJRACCHEDIKA-PRAJNAPARAMITA SUTRA (jap. KONGÔ-KYÔ) - Discurso do Lapidador de Diamantes da Perfeição da Sabedoria; texto do buddhismo MAHAYANA, integrante do PRAJNAPARAMITA SUTRA.

  • VAJRADHARA (sânsc.; tib. DORJECHANG/ RDO RJE 'CHANG) - Detentor do VAJRA; no buddhismo VAJRAYANA, o buddha da mente pura, o aspecto SAMBHOGAKAYA do Buddha.

  • VAJRADHARMA (sânsc.; tib. DORJECHÖ/ RDO RJE CHOS) - Ensinamento VAJRA; no buddhismo VAJRAYANA, o buddha da fala pura.

  • VAJRASATTVA (sânsc.; tib. DORJE SEMPA/ RDO RJE SEMS DPA') - Ser VAJRA; no buddhismo VAJRAYANA, o buddha do corpo puro, associado à purificação.

  • VAJRAYANA (sânsc.; tib. DORJETEPA/ RDO RJE THEG PA) - Veículo de Diamante; forma esotérica do buddhismo MAHAYANA, baseada nos ensinamentos dos TANTRAS.

  • VASUBANDHU - monge indiano da escola SARVASTIVADA que teria vivido pro volta dos séculos IV-V.

  • VATSIPUTRIYA - escola surgida por volta de 240 a.C. a partir da do grupo STHAVIRAVADA; também conhecida como PUDGALAVADA.

  • VIBHAJYAVADA - escola surgida por volta de 240 a.C. a partir do grupo STHAVIRAVADA; deu origem às escolas MAHISHASIKA e THERAVADA.

  • VIJNANAVADA (sânsc.) - veja YOGACHARA.

  • VIMALAKIRTI-NIRDESHA SUTRA (sânsc.) - Discurso de Vimalakirti; texto do buddhismo MAHAYANA escrito por volta do século II.

  • VINAYA PITAKA - (sânsc.) - Cesto das Disciplinas; parte do TRIPITAKA.

  • VIPASHYANA (pāli VIPASSANA) - veja SHAMATHA-VIPASHYANA.

  • VIRYA (sânsc. e pāli) - esforço; uma das seis PARAMITAS.

  • VISUDDHI-MAGGA (pāli) - Caminho da Pureza; texto da escola THERAVADA escrito pelo monge BUDDHAGHOSA no século V.

    .:: W ::.


  • WAKA (jap.) - poema japonês de 31 sílabas.

  • WAT (tail.) - templo buddhista tailandês.

  • WATO (jap.) - ponto crucial de um KÔAN.

  • WEN-SHU (chin.) - veja MANJUSHRI.

  • WEN-TU (chin.) - veja MONDÔ.

  • WON (cor.) - círculo; movimento buddhista coreano fundado pro Soe-tae San (1891-1943).

  • WU (chin.) - veja BODHI.

  • WU-MEN-KUAN (chin.; jap. MUMONKAN) - Portão sem Portão; coletânea de 48 KÔANS, compilados pelo monge chinês WU-MEN HUI-K'AI.

  • WU-MEN HUI-K'AI (chin.; jap. MUMON EKAI) - monge ZEN chinês (1183-1260) da linhagem YÔGI da escola RINZAI, autor do WU-MEN-KUAN.

    .:: Y ::.


  • YAB-YUM (tib. YAB YUM) - pai-mãe; no buddhismo VAJRAYANA tibetano, representação simbólica da inseparabilidade dos meios hábeis (UPAYA) e da sabedoria (PRAJNA).

  • YAKUSHI NYORAI (jap.) - veja BHAISHAJYAGURU.

  • YAMA - na mitologia indiana, o demônio da morte.

  • YASHODHARA - a esposa de Siddhartha GAUTAMA,

  • YESHE (tib. YE SHES) - nos ensinamentos do DZOGCHEN, a sabedoria primordial, o estado desperto atemporal.

  • YESHE TSOGYEL (tib. YE SHES MTSHO RGYAL) - consorte tibetana (757-817) do mahasiddha PADMASAMBHAVA.

  • YATHA-BHUTA (sânsc. e pāli) - as coisas como elas são.

  • YIDAM (sânsc. ISHTA-DEVATA; tib. YID DAM) - Mente de Compromisso; no buddhismo VAJRAYANA, divindade meditacional visualizada durante as práticas (SADHANAS).

  • YOGA (sânsc.) - união, ligação.

  • YOGACHARA (sânsc.) Aplicação de Yoga; também conhecida como VIJNANAVADA, filosofia MAHAYANA fundada pelos monges ASANGA e VASUBANDHU, baseada no ensinamento do CHITTAMATRA.

  • YOGACHARA-BHUMI SHASTRA (sânsc.) - Tratado sobre os Estágios da Aplicação de Yoga; principal texto da filosofia YOGACHARA, escrito pelo monge ASANGA.

  • YÔGI[-HA] - (chin. YANG-CH'I-P'AI) - linhagem da escola ZEN japonesa RINZAI, fundada pelo monge chinês YANG-CH'I FANG-HUI (jap. YÔGI HÔE) e pertencente ao GOKE-SHICHISHÛ.

  • YUN-MEN[-TSUNG] - escola ZEN fundada pelo monge chinês YUN-MEN WEN-YEN; deu origem à escola UNMEI[-SHÛ] no Japão.

  • YUN-MEN WEN-YEN (chin.; jap. UNMON BEN'EN) - monge ZEN chinês (864-949), fundador da escola YUN-MEN[-TSUNG] (jap. UNMON[-SHÛ]).

    .:: Z ::.


  • ZABUTON (jap.) - almofada quadrada sobre a qual se coloca o ZAFU.

  • ZAFU (jap.) - almofada redonda para a prática do ZAZEN.

  • ZANMAI (jap.) - veja SAMADHI.

  • ZAZEN (jap.; chin. TSO-CH'AN) - Sentar-se Zen; meditação do buddhismo ZEN, sem pensamentos ou objetos.

  • ZEN (jap.; sânsc. DHYANA; chin. CH'AN) - meditação; uma das principais escolas do buddhismo MAHAYANA.

  • ZENDÔ (jap.) - sala onde se pratica ZAZEN.

    .:: Notas sobre a transliteração ::.

    As palavras em sânscrito e pāli foram transcritas de maneira simplificada, sem os sinais gráficos geralmente utilizados pelos eruditos. Por exemplo, Ā, Ē, Ī, Ō e Ū são representados sem o sinal de vogal longa; Ņ e Ŗ são representados sem o ponto inferior; C, Ş e Ś são substituídos respectivamente por CH, SH e SH; etc.
    O chinês e o japonês estão transcritos respectivamente pelos sistemas Wade-Giles e Hepburne. O tibetano aparece com a pronúncia aproximada e com transliteração Turrell Wylie.
    Para as palavras em pāli, sânscrito, japonês e tibetano:

  • CHA, CHE, CHI etc. são pronunciados como TCHA, TCHE, TCHI etc.

  • GE, GI, GYA etc. são pronunciados como GUE, GUI, GUIA etc.

  • HA, HE, HI etc. são pronunciados como RRA, RRE, RRI etc., mesmo quando precedidos por uma consoante

  • JA, JE, JI etc. são pronunciados como DJA, DJE, DJI etc.

  • RA, RE, RI etc. são pronunciados com som fraco (como na palavra caRA), mesmo no início da palavra

  • SA, SE, SI etc. são pronunciados como SSA, SSE, SSI etc.

  • Ö e Ü são pronunciados como na língua alemã Em palavras japonesas, EI, Ô e Û são pronunciados de maneira longa, ÊÊ, ÔÔ, UU. Em palavras tibetanas, DR e TR são retroflexos, pronunciados com a ponta da língua no céu da boca.
    Em palavras chinesas, a transliteração Wade-Giles utiliza as seguintes convenções:

  • CH é pronunciado como DJ

  • E é pronunciado como Â

  • J é pronunciado como RR

  • K é pronunciado como G

  • K' é pronunciado como K

  • P é pronunciado como B

  • P' é pronunciado como P

  • T é pronunciado como D

  • T' é pronunciado como T

  • TS é pronunciado como DZ

  • TS' é pronunciado como TS

  • HS é pronunciado como SH Alguns exemplos de pronúncia:

  • ARHAT (sânsc.) - pronuncia-se AR-RRAT

  • BODHISATTVA (sânsc.) - pronuncia-se BOD-RRI-SAT-TVA

  • BUDDHA (sânsc. e pāli) - pronuncia-se BUD-DRRA

  • BODHICHITTA (sânsc.) - pronuncia-se BOD-DRRI-TCHIT-TA

  • CHING-T'U-TSUNG (chin.) - pronuncia-se DJI-TU-DZUNG

  • DHAMMA (pāli) - pronuncia-se DRRÁM-MA

  • DÔGEN ZENJI (jap.) - pronuncia-se DÔÔ-GUEN ZEN-DJI

  • EIHEI-JI (jap.) - pronuncia-se ÊÊ-RRÊÊ-DJI

  • GANTHA (sânsc.) - pronuncia-se GANT-RRA

  • KUAN-HSI-YIN (chin.) - pronuncia-se GUAN-SHI-YIN

  • P'U-T'I-TA-MO (chin.)- pronuncia-se PU-TI-DA-MO

  • PU-SA (chin.) - pronuncia-se BU-SSA

  • RINPOCHE (tib.) - pronuncia-se RÍN-PO-TCHÊ; o RI é pronunciado como na palavra caRInho

  • SANGYE (tib.) - pronuncia-se SAN-GUIE

  • P'HOWA (tib.) - pronuncia-se PRRO-WA

  • P'HURBA (tib.) - pronuncia-se PRRUR-BA

  • SANGHA (sânsc.) - pronuncia-se SÁNG-RRA

  • T'I-TS'ANG (chin.) - pronuncia-se TI-TSÁNG

  • TSO-CH'AN (chin.) - pronuncia-se DZO-TCHÁN

  • WU-MEN-KUAN (chin.) - pronuncia-se WU-MÂN-GUÁN

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